Sem a segunda dose, a imunização é incompleta e não oferece garantia
Em Itabira, quem não comparecer na data marcada para tomar a segunda dose da vacina contra o coronavírus poderá terminar no final da fila após a campanha. Essa foi a estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde para reduzir a perda do imunizante, que tem data de validade. A medida não vale para quem apresentar uma justificativa – como estar internado com alguma doença, por exemplo.
A ação começou a ser pensada depois de a Secretaria de Saúde detectar negligência da população em relação à segunda dose. O assunto foi pauta inclusive da reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada no último dia 4. Durante o encontro, a secretária de Saúde, Luciana Carmem Sampaio, usou o espaço para informar que é grande a quantidade de pessoas que estão se abstendo da segunda dose. Apesar de não ter apresentado números, a informação dela reflete dados divulgados pelo site do Governo Federal que apontava na segunda-feira, 9, um total de 32.373 doses paradas no estoque de Itabira.
Até essa data, foram enviadas para Itabira 103.820 doses e aplicadas 71.447.
Os dados do site, apresentados pelo dispositivo virtual vacinômetro, segundo informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, não equivalem a 100% da realidade. Mas a abstenção da segunda dose, é confirmada como preocupante.
“Estamos fazendo um trabalho especial de chamamento. Temos diversos dispositivos para divulgar e muitos não estão voltando para completar a imunização”, lamentou o assessor de Comunicação, Rodrigo Andrade, acrescentando que esse tipo de comportamento compromete o calendário e põe em risco a cobertura vacinal. “A vacina tem validade e se não for usada, fica perdida”.
Além de transferir as doses para um outro grupo, a secretaria, disse ele, vai dar início a uma campanha para reforçar a divulgação da repescagem.
“A secretaria está preparando uma campanha de conscientização. Vai colocar cartazes nos PSFs e usar todos os meios para lembrar as pessoas da importância da segunda dose”.
Sem a segunda dose, a imunização é incompleta e não oferece garantia. Apesar de ser prioridade, se não houver público, a secretaria está disposta a garantir que o imunizante seja usado em outras condições e evitar o prejuízo.
Matéria publicada na edição 739 do Folha Popular