São Gonçalo propaga diversificação econômica, mas ainda patina na oferta de água e energia

Obras da estação de tratamento de água estavam 70% concluídas em 2020 e segue, após três anos, patinando no governo Nozinho

LONGE DA REALIDADE

Historicamente, São Gonçalo do Rio Abaixo enfrenta sérios problemas para ampliação do sistema de captação e fornecimento de água e para aumento na oferta de energia elétrica.
Estes dois gargalos afastam investidores, que poderiam optar pelo município e instalar suas empresas e começar a tirar São Gonçalo da dependência da mineração, atualmente a maior geradora de receita, e da Prefeitura, a principal empregadora da cidade.

Para tentar divulgar que busca a independência da mineração, no dia 14 deste mês, o prefeito Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT), assinou com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), em Belo Horizonte, protocolo de intenções para uma ação conjunta voltada a ampliar as possibilidades de investimentos e diversificar a economia local.

A ação é vista como positiva, mas varre para debaixo do tapete as deficiências hídricas e energéticas da cidade, as quais seguem como promessa de campanha eleitoral há anos.
Em nota, a Prefeitura de São Gonçalo, a mais rica de Minas em se tratando de receita e população, informa que o Programa de Diversificação Econômica de São Gonçalo, assinado neste mês, só deverá ser lançado oficialmente em março de 2024.

A esquecida ETA Una tem promessa de ser concluída em breve

Estação, com obras a passos lentos, resolveria o problema da água em São Gonçalo e ajudaria a atrair investimentos

Em 2021, o prefeito Nozinho assumiu a Prefeitura com 70% das obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Una concluídas.

Na época, o serviço estava orçado em R$ 17 milhões, sendo R$ 10 milhões repassados pela Vale e R$ 7 milhões de responsabilidade do Município. Mais de três anos já se passaram e os 30% restantes do sonhado empreendimento, previsto para triplicar o volume de captação e tratamento no município, aumentando de 18 para 50 litros de água tratada por segundo, segue a passos lentos. Os novos valores da ETA não foram revelados.

MAIS FOTOS DENUNCIAM A REAL SITUAÇÃO DAS OBRAS DA ETA

  • Matéria publicada na edição 798 do Folha Popular
  • VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO: Nozinho lança pacote de obras faltando um ano para as eleições