Programa Criança Feliz atende quase 200 famílias em Santa Maria de Itabira

Equipe do programa Criança Feliz: visitadoras Lívia e Eliene, supervisora e psicologa Mirely, visitadoras Eulália e Miriam – “O programa pode melhorar a vida de muitas famílias”

A Prefeitura de Santa Maria de Itabira implantou em fevereiro de 2020 o programa Criança Feliz (PCF). Por meio dele, 190 famílias já foram atendidas, mesmo durante as restrições impostas pela pandemia de coronavírus e das dificuldades causadas pela tragédia das chuvas em fevereiro do ano passado.

O programa tem incentivo do Governo Federal e é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
O público alvo são crianças de até três anos de idade que fazem parte do Cadastro Único (CadÚnico) e crianças de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada, que estão fora da família, além de gestantes.

A metodologia principal do programa é a visita domiciliar, realizada por técnicos capacitados, seguindo as diretrizes da cartilha de Cuidados para o Desenvolvimento da Criança (CDC), elaborada pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Durante as visitas, são realizadas atividades lúdicas que estimulam o desenvolvimento integral das crianças, bem como o fortalecimento dos vínculos familiares e da participação da família.

Conforme a supervisora do programa, psicologa Mirely Muzzi, o objetivo dessas visitas domiciliares é estimular o fortalecimento dos vínculos e as competências da família para o cuidado das crianças e promover o desenvolvimento infantil. Para ela, o programa pode melhorar a vida de muitas famílias. “Durante as visitas, os profissionais vão detectar o desenvolvimento das crianças e o relacionamento familiar. Vale ressaltar que nesses acompanhamentos são detectadas negligências, crianças com seus direitos violados e, nesses casos, elas serão encaminhadas para assistência através do Cras”, explica.
As visitas são realizadas de forma periódica. As crianças, semanalmente, e as gestantes, duas vezes ao mês.

Atendimento foi adaptado para funcionar na pandemia

No município, o programa passou por adaptações em função da pandemia de coronavírus, complicada mais tarde pelas tragédias provocadas pelas fortes chuvas que atingiram a cidade em 2021.

“Logo que iniciamos o programa Criança Feliz em Santa Maria de Itabira começou a pandemia da Covid-19 e foram necessárias adaptações e readaptações para conseguirmos colocar em prática o PCF nesse novo contexto. Foi necessário mudarmos de visitas domiciliares para visitas remotas; foi necessário diminuir a frequência – ou até suspender as visitas domiciliares por alguns períodos; foi necessário que nossas visitas domiciliares ficassem restritas às entradas das casas das pessoas, prezando sempre por não colocar as famílias e nossa equipe em risco”, diz a supervisora do programa no município, Mirely Muzzi. Segundo ela, por meio de visitas domiciliares, as equipes do programa fazem o acompanhamento e dão orientações importantes para fortalecer os vínculos familiares e comunitários, estimulando o desenvolvimento infantil. Os visitadores são capacitados em diversas áreas de conhecimento, como saúde, educação, serviço social, direitos humanos, cultura.

Além das atividades executadas, o visitador avalia o processo de aprendizagem e de desenvolvimento de habilidades da criança. Caso haja alguma demanda, as crianças são encaminhadas para especialistas, seja psicólogo, nutricionista ou consulta médica, por exemplo.

Em Santa Maria de Itabira, o programa está presente na vila Marília Costa, área central (Conselho, Centro, Poção, Nova Santa Maria), bairro Poço Redondo, Lambari, comunidades de Fogão de Lenha, Soares, Piteiras, Cordeiros, Morro Queimado, Chácara, Córrego da Lage, Chaves, Barro Preto, Jardim, São Pedro”, conta a assistente social.
Para ser atendido pelo programa é necessário estar inscrito, e com cadastro atualizado, no CadÚnico.

O Cras também faz a busca ativa das famílias mais vulneráveis e indicadas pelo próprio Cadastro Único, onde há o quantitativo indicado.

Matéria publicada na edição impressa 764 do Folha Popular