Cheio do rio Santa Bárbara invadiu casas e lojas na região central. Zona rural também foi afetada
Moradores de São Gonçalo do Rio Abaixo estão procurando vereadores e a imprensa para denunciar possíveis irregularidades no auxílio enchente, criado pelo prefeito Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT) no início deste ano para repassar recursos financeiros de R$ 10 mil aos núcleos familiares e pessoas jurídicas atingidos pela enchente de janeiro.
Alguns moradores atingidos estão apontando dificuldades para se enquadrarem no cadastro, mesmo comprovando necessidade. Eles denunciam também desorganização na comissão de avaliação, possíveis privilégios e até mesmo fraude.
A reportagem do Folha Popular enviou questionário para a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que nega a prática de favorecimento, desorganização e fraude no cadastro do auxílio enchente.
Conforme resposta, o benefício é concedido aos que se enquadraram nos critérios da lei, como perda de bens móveis e imóveis, e que não existe desorganização na comissão de avaliação, privilégios e possível fraude.
Os moradores que fazem a denúncia insistem que o governo está fazendo mais propaganda do que ajudando as pessoas atingidas e que a demora na avaliação dos pedidos demonstra descaso.
Para criar o auxílio enchente, o governo disponibilizou do Orçamento Municipal, por meio de abertura de crédito especial, R$ 3,5 milhões.
A Câmara Municipal, por meio de ofício assinado pelos vereadores Diego José Ribeiro (PDT), Eloísio Raimundo dos Santos “Lulu” (PDT), Marlon Túlio Pessoa Costa (PL), Gladston Marcelo de Castro (PDT) e Fábio Justino Alves “Sassá” (PSB) autorizou a devolução de R$ 730 mil para complementar o auxílio, totalizando em R$ 4,23 milhões, valor para atender cerca de 430 cadastros.
Algumas famílias e empresários já estão recebendo o recurso. Conforme a Prefeitura, as avaliações dos cadastros seguem.
Matéria publicada na edição 757 do Folha Popular