Prefeitura de Itabira terá arrecadação histórica nos próximos anos

Foto – Vista panorâmica de Itabira, região das minas da Vale, e cidade ao fundo

MÉDIA DE R$ 75,2 MILHÕES POR MÊS

De acordo com projeções estabelecidas no Plano Plurianual 2022/2025 e a minuta da Lei Orçamentária Anual (LOA), o governo Marco Antônio Lage (PSB) contará com receitas históricas nos próximos anos para administrar Itabira.

Além dos R$ 634 milhões previstos para até dezembro deste ano, a Prefeitura terá uma arrecadação mais polpuda em 2022, estimada em R$ 923.955.990, ou 45,7% a mais. O valor supera as previsões iniciais reveladas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que apontava para uma arrecadação de R$ 789,921 milhões para 2022.

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E não para, o PPA mostra que os valores aumentarão de um ano para o outro até 2025. Para 2023, por exemplo, a receita deve passar de R$ 1.014.401.118. Em 2024, esse número segue subindo com expectativa financeira de R$ 1.037.856.269. Já em 2025, segundo a previsão, serão arrecadados R$ 1.069.932.751.

Somados os quatro anos de gestão, o governo atual irá gerenciar R$ 3.610.213.377 (Três bilhões, seiscentos e dez milhões, duzentos e treze mil, trezentos e setenta e sete reais). Divido por 48 meses de mandato, serão R$ 75,212 milhões a cada mês e por dia, R$ 2,507 milhões.

Para se ter uma ideia, para construir os 400 apartamentos populares de 45 metros quadrados cada, distribuídos entre os bairros Fênix, Abóboras e Barreiro, pelo programa Minha Casa Minha Vida, entregues em outubro de 2019, o Município investiu R$ 35 milhões, menos de 1% do valor previsto para o quadriênio 2021/2024.

Com R$ 3,6 bilhões, a Prefeitura poderia construir mais de quatro mil apartamentos de luxo no bairro Santo Antônio, medindo 108 metros quadrados cada um, com três dormitórios, sendo uma suíte e quatro vagas na garagem, avaliado em média por R$ 900 mil. Ou ainda, comprar 60 mil carros populares zero quilômetro, que custa em média R$ 60 mil.

O resultado coloca a cidade em um grupo seleto, com grande capacidade financeira de operar políticas públicas de referência para todo país.

Embora seja disparadamente o maior orçamento da história de Itabira, a cidade sempre teve uma arrecadação de destaque. Prova disso são as receitas dos últimos 10 anos (2011/2020) que, somadas, batem a casa dos R$ 4,545 bilhões. Conforme retrospecto, em 2011 a receita aprovada pela Câmara Municipal foi de R$ 302,3 milhões. Em 2012 passou para R$ 337,9 milhões. Já em 2013 saltou para R$ 471,2 milhões. Em 2014, o crescimento foi menor, mas apesar da crise econômica que o Município atravessava na ocasião, não houve recuo da receita, que fechou em R$ 476,6 milhões.

O orçamento voltou a crescer em 2015, passando para R$ 525,5 milhões. Nos três anos seguintes, o valor ficou abaixo do meio milhão. Em 2016 foram arrecadados R$ 464 milhões; em 2017, R$ 475,2 e em 2018, R$ 489,2 milhões.

Nos dois últimos anos do governo do ex-prefeito Ronaldo Magalhães a arrecadação reagiu, superando os valores anteriores. Em 2019 a receita foi de R$ 588,9 e em 2020, mais uma vez o orçamento bateu recorde, fechando em R$ 644,2 milhões.

Matéria publicada na edição 742 do Folha Popular