Neidson Freitas lembrou que as bandeiras defendidas por Marco Antônio Lage têm sido muitas, menos a de Itabira
- CONTRATO AGORA É DE R$ 16 MILHÕES PARA IMPLANTAR SISTEMA DE MONITORAMENTO EM ITABIRA
9/04/2024 – Depois de bater e rebater sobre o excesso de carona do prefeito Marco Antônio Lage ao processo de contratação por adesão a ata de preços, em detrimento das empresas da cidade, o vereador Neidson Dias Freitas (MDB) voltou a abordar esse tema durante a reunião da Câmara na semana passada. Ele usou a palavra aberta para falar que o prefeito continua fazendo contratos milionários para realização de serviços na cidade sem dar oportunidade para as empresas locais. Desde que assumiu a administração municipal, Marco Antônio tem optado com frequência por substituir a concorrência pública, por meio de licitação, pela adesão a atas de registro de preços, seja para realizar compras ou fazer contratações, utilizando-se de concorrências de outras cidades para executar serviços e obras em Itabira.
O processo é legal, mas para Neidson Freitas, além de imoral, é injusto e interfere diretamente na economia do município.
Asfaltamento, uniformes escolares, móveis planejados também fazem parte da lista, aponta vereador
Serviço de asfaltamento, aquisição de uniformes escolares e móveis planejados são uns dos exemplos já denunciados pelo vereador. Desta vez, o beneficiado é um empreendimento de Goiânia. A empresa está recebendo R$ 16 milhões para implantação do novo sistema público de segurança em Itabira.
O contrato prevê a instalação de câmeras e rede Wi-Fi em diversos pontos, além de uma central de videomonitoramento.
Neidson Freitas aponta pelo menos três empresas de internet de Itabira que estariam aptas ao menos a disputar o serviço e que não tiveram sequer a chance de participar de um processo justo.
“Esses serviços poderiam ter sido feitos por empresas itabiranas, como a Valenet, a Itanet, a Wave”
“Os serviços poderiam ter sido feitos por empresas itabiranas. Nesse caso específico, na modernização tecnológica, é um serviço que a Valenet poderia ter feito, que a Itanet poderia ter feito, que a Wave. Só a Valenet tem mais de mil funcionários. A Itanet com a Weve também têm centenas e nem assim o prefeito respeitou essa bandeira”.
O serviço inclui ainda instalação de postes (azuis) que estão sendo colocados em locais estratégicos e cabeamento de fibra ótica.
O vereador ressaltou ainda, com indignação, que o cabeamento de fibra ótica já foi passado pelas empresas itabiranas, que não têm o reconhecimento do prefeito Marco Lage. “Ele preferiu abraçar a bandeira da cidade lá de fora para fazer esse serviço todo de novo e o itabirano pagar a conta”, acusou Neidson Freitas.
Pelas contas do parlamentar, que já vem denunciando uma verdadeira farra do prefeito no uso dessa modalidade de contratação, desde o início do governo, os gastos da Prefeitura com os contratos por meio de adesão a ata já passam de R$ 200 milhões. Um recurso milionário que deixou de circular dentro da cidade e de gerar empregos, porque a Prefeitura não dá oportunidade das empresas locais de pelo menos concorrerem ao direito de prestar serviços ao próprio Município.
Para o vereador, a atitude do governo demonstra uma falta de respeito não apenas com as empresas de Itabira, mas também com o trabalhador e cada cidadão da cidade e com a bandeira de Itabira, defendida na campanha eleitoral, mas que foi esquecida pela gestão atual.
“Oh prefeito, respeite a bandeira de Itabira, respeite o empresário itabirano, respeite o emprego de Itabira e respeite o eleitor itabirano, que não colocou você aí para trazer todos os secretários de fora, a maioria das empresas de fora, para vir levar o dinheiro de Itabira para fora. É o que tá acontecendo e o desemprego começa a acontecer aí. O dinheiro para de circular na nossa cidade porque esse dinheiro tá indo lá pra cidade onde o senhor tem abraçado a bandeira”, disparou o vereador, lembrando o prefeito da responsabilidade do gestor municipal com a bandeira da cidade.
Neidson lembrou que as bandeiras defendidas por Marco Antônio Lage têm sido muitas, menos a de Itabira.
- Matéria publicada na edição 807 do Folha Popular
