Neidson Freitas lembra que Itabira tem 90 mil eleitores, uma quantidade considerável para lançar o seu próprio candidato
O vereador mais votado na eleição de 2020 em Itabira, Neidson Dias Freitas (MDB), foi apresentado como pré-candidato a deputado federal nas eleições de outubro deste ano. O anúncio foi feito durante encontro político no dia 17, na associação do bairro Major Lage de Baixo.
Na ocasião, membros e lideranças políticas do PTB e PSDB, como o ex-prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) e o deputado estadual Tito Torres (PSDB), que vai disputar a reeleição, garantiram apoio ao vereador que está em seu quarto mandato.
O recado sonoro foi de que Itabira e região precisam eleger seus deputados, principalmente para a Câmara Federal, posto ocupado uma única vez pelo prata da casa Olímpio Pires Guerra “Li”, entre 1999-2003, mesmo assim após consenso entre os partidos, que apostaram suas fichas apenas em dois candidatos, Li e também o eleito a estadual Luiz Menezes.
O discurso para eleger um candidato de Itabira continua o mesmo: a importância de um representante da região na esfera federal.
O vereador defende que pela relevância política e econômica de Itabira na região, somada a grandes projetos em desenvolvimento, que atende não só Itabira, mas todas as cidades vizinhas, o município precisa de uma representatividade própria na esfera federal. O município ganha em influência e força.
Para Neidson, ele está pronto para a nova empreitada
“Nós temos grandes projetos em Itabira que dependem de recursos federais”, disse ele, apontando para o projeto de consolidação da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), a aprovação de novos cursos para o campus de Itabira, como o de medicina, por exemplo, a obra de captação do rio Tanque, a duplicação das rodovias estaduais que cortam a cidade, entre outras que se não tiver a intervenção do Governo Federal não acontecem.
A eleição de um deputado federal da região influencia até mesmo no avanço e melhoria da estrutura de saúde e educação e na discussão da mineração nesta região.
Neidson Freitas lembra que Itabira tem 90 mil eleitores, uma quantidade considerável para lançar o seu próprio candidato. Mas ele está consciente de que precisará do apoio das cidades vizinhas para chegar à Câmara Federal.
Para Neidson, ele está pronto para a nova empreitada. As quatro eleições, ocupação de cargo no Estado e a disputa anterior ao mesmo cargo, o credenciam para ocupar a cadeira na Câmara Federal. “O principal motivo é a necessidade que Itabira tem e região de ter uma cadeira em Brasília. Em segundo, a nossa experiência com o Legislativo. Já estou no 4º mandato como vereador. A gente tem condição plena de entender o processo político, o processo eleitoral e desenvolver um trabalho no Congresso [Nacional] representando esta região nossa. Eu já fui candidato a deputado federal, na época, tivemos mais de 20 mil votos e mostrou uma vontade da população em conseguir eleger um deputado”.
O tempo e a atuação na política municipal, também serviram para prepará-lo melhor e aumentar sua influência, inclusive na região, o que na opinião do vereador, faz toda diferença no processo eleitoral nacional. “Nós sabemos que só com os votos de Itabira, um candidato de Itabira não consegue ser eleito e por isso vamos trabalhar em várias cidades. Temos a noção de que essa é uma eleição estadual, não é só municipal, então, a disputa está em todo o estado, com centenas de candidatos”.
Gabriel Quintão diz que não vai sair da Prefeitura mas não descarta concorrer para deputado federal
Atualmente Gabriel Quitão é gestor de Programas e Metas da Prefeitura de Itabira
Outro nome que está sendo ventilado para disputar uma vaga na Câmara Federal é o do gestor de Programas e Metas da Prefeitura, Gabriel Duarte de Alvarenga Quintão. Embora não confirme nada, ele também não negou interesse na disputa do cargo, mas afirmou que não está saindo da Prefeitura, até mesmo, por achar que ainda é cedo para discutir a possível candidatura.
“Eu não estou saindo da Prefeitura e ainda não sou candidato a deputado federal. Fico feliz porque meu nome está sendo ventilado, mas ainda é cedo para qualquer definição. Na Prefeitura estarei no lugar em que o prefeito Marco Antônio precisar de mim e onde eu possa ser útil para nossa cidade. Uma possível candidatura é uma decisão a ser tomada em grupo. Não tenho pressa para isso”.
De acordo com a lei eleitoral, servidores públicos que ocupam cargos de confiança, como no caso de Gabriel Quintão, para se candidatar, devem se afastar da função com antecedência de seis meses do pleito.
Matéria publicada na edição 752 do Folha Popular