Material na praça Acrísio, Centro de Itabira – O volume de gastos divulgado pelos candidatos até agora é considerado baixo devido à amplitude estadual da campanha
Juntos, os candidatos a deputado estadual e federal que têm domicílio em Itabira arrecadaram R$ 1.539.553,47 mas, até o momento, gastaram pouco mais da metade desse valor. Somadas, as despesas são de R$ 779.488,80. Os números foram obtidos com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na ponta dos candidatos com maiores volumes para gastar aparecem o deputado estadual Bernardo Mucida Oliveira (PSB), que concorre à reeleição para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e o vereador Neidson Dias Freitas (MDB), que busca uma vaga na Câmara dos Deputados. Na outra ponta, aparecem os candidatos a deputado estadual, Dalton Henrique Albuquerque (Podemos) e Alexandre de Faria Martins da Costa “Banana”, que não arrecadaram e nem contrataram nenhuma despesa.
Depois de ter ocupado uma vaga de suplência na ALMG, Bernardo Mucida briga desta vez por uma cadeira titular. Ele conseguiu arrecadar para a campanha um total de R$ 448.746,33. Entretanto, as suas despesas, declaradas até o momento, somam R$ 176.900,45.
Já o vereador Neidson Freitas arrecadou R$ 418.250,00. Para garantir uma chance de chegar em Brasília, ele investiu até a última atualização R$ 252.720,03 mil.
Também vereador e presidente da Câmara Municipal de Itabira, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), conforme declaração, arrecadou menos. Mas as despesas da campanha já se aproximam dos valores usados pelo seu principal opositor, Neidson Freitas. De uma angariação de R$ 251.525,62, Vetão já comprometeu R$ 202.989,50.
Carlos Henrique Silva “Carlin do Sacolão” (PSDB) também não fez prestação de contas à Justiça Eleitoral. Mas em sua página no site oficial da Justiça Eleitoral aparece com recursos em valor líquido de R$ 187.193,00 para custear sua campanha. Ele informa no site que contratou R$ 113.897,08.
Outro que apresentou custo moderado na realização da campanha é o ex-prefeito por duas vezes, João Izael Querino Coelho (PMN). Na disputa para deputado estadual, ele teve acesso a um recurso de R$ 136.400,00, mas declarou apenas R$ 16.791,00 para custear sua campanha até o momento. Toda a despesa empenhada, consta como paga. Entretanto, ele também aparece na lista dos candidatos que ainda não prestaram contas para a Justiça Eleitoral.
Cibele Machado (PTB) arrecadou R$ 32.138,52 mil e contratou R$ 15.800,00 de despesas, mas até o momento ela não pagou nada desse valor.
O candidato a deputado estadual Elias dos Reis Lima (Pros) não quis mexer no recurso angariado para a campanha. Apesar de ter R$ 65.300,00, ele gastou apenas R$ 300,00 usando dinheiro do seu próprio bolso.
Alexandre de Faria Martins da Costa “Alexandre Banana” (PT) não fez nenhuma prestação de contas à Justiça Federal e não apresentou custos ou gastos de campanha até o momento.
Dalton Henrique de Albuquerque (Podemos) também não apresentou qualquer prestação de contas para a Justiça Eleitoral, mas também não mostra nenhum valor arrecadado para sua campanha.
Em todos os casos, a maior parte das despesas se concentra em publicidade em adesivos e material gráfico, além de itens para impulsionar conteúdo nas redes sociais.
As atividades de militância e mobilização também aparecem muito nos casos dos candidatos com maior poder de custo.
- Matéria publicada na edição 768 do Folha Popular