Entre linhas da edição 789 do Folha Popular

Favorecimento
Sobrou para o administrador distrital de Ipoema explicar a denúncia de uso irregular de máquinas da Prefeitura no terreno de sobrinho do prefeito Marco Antônio Lage (PSB). Depois de apresentar a denúncia, recebida em seu gabinete, no plenário e colocar fogo na discussão, o vereador Robertinho da Autoescola decidiu convocar o administrador do distrito para prestar esclarecimentos. Ele faz questão de entender cada pontinho que colocou os equipamentos no lugar onde foi fotografado e filmado por seus eleitores e fez a convocação por meio de requerimento aprovado por todos os vereadores.

Convocação
A denúncia feita pelo oposicionista foi prontamente negada pelo líder do governo na Câmara, o vereador Weverton Vetão. Ele garantiu que os equipamentos estavam sendo usados para recuperação e manutenção das estradas rurais. O fato de o sobrinho do prefeito residir na localidade, ele argumentou que não seria justificativa para a Prefeitura deixar de fazer o serviço. Diante da defesa apresentada, Vetão achou a convocação uma formalidade que, na opinião dele, poderia ser dispensada. Com ou sem ela, o vereador garantiu que o administrador não se recusaria a ir à Câmara falar do assunto, sugerindo a troca do requerimento por um convite.

Desconfiança
O assunto escancarou ainda mais o duelo entre a oposição e a base do governo. Desconfiado da disponibilidade do administrador e para evitar ficar na dependência da boa vontade do representante do governo distrital, Robertinho nem mesmo aceitou considerar a sugestão do rival de bancada.

Acessibilidade
Os vereadores aprovaram por unanimidade, na reunião desta semana, uma audiência pública para discutir os problemas de acessibilidade no município. Agendado para 14 de agosto, o encontro pode colocar o Legislativo em um lugar delicado, já que no momento, não se pode dizer que o seu prédio seja um exemplo. O próprio presidente, vereador Heraldo Noronha, já demonstrou preocupação, por mais de uma vez, com a acessibilidade do prédio. Além de um elevador que não atende, a rampa disponibilizada funciona quase que como um desmotivador ao cadeirante.

Publicada na edição 789 do Folha Popular