Baixo número de linhas e necessidade de renovação de frota estão entre as principais reclamações dos usuários
- FICA POR MAIS DEZ ANOS
O contrato de concessão com a Transportes Cisne, que presta o serviço de transporte público em Itabira, está em contagem regressiva para acabar. Faltam menos de 20 dias para o fim das atividades da empresa e a Prefeitura ainda não divulgou nenhum estudo técnico e nem abriu o processo de licitação para a escolha da empresa substituta.
A última concorrência pública para escolha de uma concessionária de transporte coletivo urbano ocorreu em 2005. O contrato da Cisne com o Município vence em 28 de fevereiro.
Uma cláusula prevê que o acordo pode ser renovado por até mais 10 anos. Equipes da Superintendência de Transporte e Trânsito de Itabira (Transita) e de uma empresa especializada preparam um plano de mobilidade urbana para a cidade. Segundo o secretário de Obras e Transportes, Danilo Alvarenga, a prerrogativa de definir o que será feito cabe do prefeito Marco Antônio Lage (PSD). Entretanto, a Transita preparou um estudo técnico com três opções para serem implantadas que inclui a possibilidade de renovação do contrato com apresentação de melhorias, ou prorrogação do prazo para a realização da licitação do jeito que está e uma nova modalidade de modal de transporte. Inclusive o projeto de um novo modal na cidade já está pronto.
“Vamos dar base técnica para o prefeito tomar decisão: renovar, ampliar ou fazer uma nova concorrência. A decisão do prefeito vai contemplar todas as necessidades [do transporte coletivo]”.
Na opinião do secretário, desde a última licitação, as mudanças no transporte da cidade já vêm acontecendo e com maior intensidade nos últimos dois anos.
“Na verdade, já existe uma mudança. A gente sabe que se pegar o contrato de 2005 com o que foi licitado e o que é hoje, é totalmente diferente. A cidade teve um crescimento muito grande, de bairros, de rotas, a Unifei [Universidade Federal de Itajubá/Itabira], que teve novos horários, o comércio, que de 2005 para cá passou a funcionar mais a noite. Só de mudança”, defendeu Danilo Alvarenga.
“A necessidade da mudança, ela existe. Só a forma de fazer essa mudança que vamos discutir com o prefeito e com o Jurídico”, finalizou.
O prazo para a Transita entregar esses estudos técnicos para o prefeito se encerrou no início de janeiro, mas até o final do mês, eles ainda não estavam concluídos.
Matéria publicada na edição impressa 779 do Folha Popular