Licitação para as obras é lançada. Novo espaço reunirá artesãos de diversas especialidades regionais, em prol do desenvolvimento socioeconômico e cultural
O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), avança na construção da Vila do Artesanato, em Araxá, no Território Triângulo Sul.
O processo licitatório já foi lançado pela Codemig e está agendado para o dia 23 de março de 2018 (sexta-feira), às 10h, na modalidade “Licitação Modo de Disputa Fechado”. O edital está disponível no site da Empresa.
O empreendimento será estabelecido próximo ao Grande Hotel, principal patrimônio turístico de Araxá, e reunirá artesãos de diversas especialidades regionais, como tecelagem, escultura, bordados e alimentos, dinamizando a produção local. A previsão é concluir as obras até o fim de 2018, com investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões, oriundos da Codemig.
O objetivo do espaço é fomentar e fortalecer a produção e comercialização do artesanato regional, buscando alavancar seu reconhecimento e participação no turismo e na economia regional. O empreendimento contribuirá para a valorização e preservação das diversas manifestações culturais locais, oferecendo ao artesão de Araxá e região um local de promoção de seu ofício. O moderno ambiente também terá local adequado para eventos e shows musicais, além de um centro de informações ao visitante.
A construção da Vila do Artesanato é uma demanda antiga no município e permitirá revigorar o artesanato na região, dando uma atração adicional ao Parque do Barreiro, que recebe turistas de diversas regiões. Por meio do artesanato, o turista terá contato com o micro e pequeno empresário.
A licitação para contratação dos projetos executivos para construção da Vila foi homologada em outubro de 2017. Os documentos referentes a essa licitação estão disponíveis no site da Codemig. Por sua vez, os projetos de engenharia foram finalizados no final de fevereiro de 2018.
O modelo de gestão da Vila está sendo definido juntamente com os artesãos, a fim de que a Vila do Artesanato seja dinâmica, vibrante e autossustentável, identificada com a cidade, de modo a reforçar sua atratividade turística.
A iniciativa reflete a diretriz governamental de valorizar os diversos territórios mineiros. A proposta é construir um equipamento democrático, onde os artesãos tenham espaço para mostrar seus trabalhos.
O projeto contempla também uma das metas da política pública do Governo de Minas Gerais para o artesanato, que é estabelecer ações permanentes para o segmento. A construção da Vila do Artesanato vai ao encontro do que tem sido feito no estado: iniciativas e empreendimentos solicitados pela própria população, principalmente durante os fóruns regionais.
Programa +Artesanato: identidade cultural e desenvolvimento econômico
O Governo do Estado, por meio da Política Estadual de Desenvolvimento do Artesanato Mineiro – Programa +Artesanato, tem por objetivo a valorização do segmento. As ações do programa fundamentam-se nos princípios da sustentabilidade socioeconômica e ambiental, da valorização do território como reconhecimento da singularidade e da autenticidade da produção artesanal local, bem como da preservação da tradição artesanal, da identidade local e do senso de comunidade.
Entre as iniciativas vinculadas ao +Artesanato e coordenadas pela Codemig estão a implementação da Vila do Artesanato em Araxá, espaço voltado para divulgação, exposição e comercialização de produtos artesanais.
O artesanato brasileiro é conhecido em todo o mundo por sua criatividade. Esse rico conjunto de produtos, desenhos e tons surgiu da herança dos povos que por aqui passaram e constituem a cultura brasileira. Saber identificar e estimular a identidade cultural de cada região, por meio do artesanato, é de fundamental importância para a cultura e o artesanato em si. Identificar cada cultura através de traços, cores e texturas características agrega valor ao ornamento, seleciona o público para o qual será vendido e aumenta as chances de apreciação por parte do consumidor.
Artesanato mineiro
Em Minas Gerais, existem cerca de 300 mil artesãos. A cadeia produtiva da atividade movimenta anualmente cerca de R$ 2,2 bilhões para a economia do estado. O artesanato é importante patrimônio mineiro, ocupando papel central para a formação da identidade e da diversidade cultural de Minas Gerais e gerando renda e desenvolvimento socioeconômico para a população.
A região de Araxá é celebrada por sua riqueza de saberes artesanais, que incluem tecelagem, selaria, ferraria, bordados em técnicas diversas, bem como saberes gastronômicos, como a produção de queijo Canastra e doces típicos, entre outras manifestações. Desse modo, o artesanato movimenta a economia local e atrai os turistas que visitam Araxá, principalmente, a Estancia Hidromineral do Barreiro, famosa pelo poder de suas águas e lama medicinais.
Minas de Todas as Artes
A Vila do Artesanato e o fomento da Codemig ao segmento integram as ações ligadas à Diretoria de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, responsável por coordenar o programa Minas de Todas as Artes, que até o fim de 2018 deve investir mais de R$ 50 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.
A iniciativa pioneira busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas. É política pública do Governo de Minas Gerais ampliar a participação da indústria criativa na matriz econômica do estado.
A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa. Acompanhe as iniciativas do programa Minas de Todas as Artes no Facebook (www.facebook.com.br/minasdetodasasartes) e no Instagram (@minasdetodasasartes).
Edital público de fomento
O Governo de Minas Gerais, por meio da Codemig, lançou o edital de fomento ao artesanato, que teve inscrições abertas até 2 de março de 2018. A iniciativa irá movimentar recursos e mão de obra na capital e no interior do estado.
De acordo com estimativa realizada pelo Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro Cape), os R$ 1,8 milhão disponibilizados pelo edital irão beneficiar em média 720 artesãos, 80% deles em comunidades no interior de Minas Gerais. Perto de R$ 1,1 milhão serão injetados na indústria, para a compra de insumos, gerando 1.440 empregos indiretos. Para cada artesão beneficiado, a expectativa é que dois outros trabalhadores sejam beneficiados indiretamente.
Anunciado pelo governador Fernando Pimentel na abertura da 28ª Feira Nacional de Artesanato, em dezembro passado, o edital de fomento ao artesanato tem por objetivo estimular o segmento, reconhecendo-o como estratégico para o desenvolvimento econômico sustentável de Minas Gerais e promovendo o fortalecimento das entidades e profissionais da atividade.
Com ações voltadas às associações e cooperativas de artesãos, o Governo do Estado busca minimizar a informalidade do setor, capacitar e qualificar os artesãos e fomentar canais de comercialização. Dessa forma, o artesanato mineiro torna-se mais competitivo em nível nacional e mais reconhecido internacionalmente, consolidando-se como um meio de desenvolvimento econômico, social e cultural em Minas Gerais.
Serão selecionadas pelo menos 18 entidades, buscando contemplar os 17 territórios de desenvolvimento do Estado. Cada selecionado receberá no máximo R$ 100 mil, a serem destinados à compra de matéria-prima e ferramentas e ao custeio de capacitações profissionais.
Investindo em importantes instituições do artesanato, o Estado, via Codemig, contribui para a promoção desse ofício, nas suas mais nobres e diversificadas tipologias, e oferece, de maneira organizada e permanente, uma proposta de convergência para as diversas manifestações artísticas do setor em Minas Gerais.
Puderam se inscrever associações e cooperativas que atuem em uma ou mais das seguintes categorias: Cerâmica; Madeira; Pedras e Gemas; Fio e tecidos; Fibras vegetais; Couros e Peles; Metais; Vidro; Sementes e raízes; e Papel e papelão.