A fundadora do CNSD Madre Maria de Jesus
29/05/2023 – Desde 1923, o Colégio Nossa Senhora das Dores faz parte da vida dos itabiranos. Várias gerações passaram por esta instituição de ensino levando um pouco de sua essência e se tornando parte desta trajetória.
Para encerrar as comemorações do ano centenário do CNSD, no dia 31 de maio, às 19h, no Museu de Itabira, será aberta a Exposição “CNSD: 100 anos”.
Esta exposição antológica reúne um acervo cuidadosamente selecionado para reviver marcantes memórias do centenário do Colégio Nossa Senhora das Dores.
Fachada do Colégio em 1928
A Mostra retrata a obra que nasceu do vigor criativo, aliado a fé e persistência de uma missionária a frente de seu tempo, a fundadora Madre Maria de Jesus e sua prima Madre Maria Miguel. O resultado é a consolidação de em um colégio referência em educação de qualidade em Itabira e região.
Segundo a diretora do Colégio Nossa Senhora das Dores, Gisele Drumond Lage Assis Coura, a Mostra ilustra um passeio por uma história centenária de amor, educação e missão. “Sintam-se acolhidos para fazerem essa viagem no tempo conosco”, disse.
- História Centenária
Madre Maria de Jesus, natural de Lyon, França, mudou-se para o Brasil, devido à perseguição do governo francês aos educandários religiosos. Em companhia de sua prima, Madre Maria Miguel do Sagrado Coração, com o objetivo de realizar seu grande ideal de educadora.
Foto da atual após 100 anos de história
Desembarcaram no Brasil em 21 de agosto de 1913. Logo após, seguiram para a pequena cidade de São Domingos do Prata, a convite do pároco, Padre Sanson, e então iniciaram uma escola. Os anos se passaram, e devido a muitas dificuldades, não tinham as condições de ampliar as dependências do pequeno colégio, que aos poucos ia crescendo.
Dez anos mais tarde, a convite de D. Thereza Andrade e com o apoio de pessoas atuantes em Itabira, foi fundado o Colégio Nossa Senhora das Dores, em 15 de fevereiro de 1923, com apenas sete alunas. Estava lançada a semente.
O Colégio funcionou em regime de internato até 1972, atendendo também as cidades vizinhas e vários estados do Brasil, formando muitas gerações. Anexo ao Colégio, funcionava ainda um orfanato destinado a crianças de baixa renda, até 1973.
Até 1970, as aulas eram ministradas somente pelas irmãs. No final do ano letivo ocorria uma bela exposição de trabalhos manuais. Na véspera da formatura das Normalistas, era realizada uma sessão teatral, escrita pela fundadora, muito apreciada pelos visitantes.
Em 1972 fechou-se o internato e o Colégio foi aberto para o sexo masculino. Além das irmãs, outros professores foram convidados a lecionar. E segue evoluindo até os dias atuais, mas
sempre preservando sua essência de educar com amor, acolhimento, pautada em valores humano- cristãos. O espírito de Madre Maria de Jesus permanece vivo neste espaço físico e na memória de todas as religiosas, alunos e professores que aqui já passaram ou ainda permanecem.
A exposição CNSD: 100 anos retrata essa história centenária de comprometimento e amor pela educação e que segue transformando vidas.