Vale vai aplicar R$ 5 bi para esvaziar barragens. Região de Itabira fora dos planos

FOTO: Anúncio foi feito pelo presidente da Vale, Fabio Schvartsman, nesta terça-feira (29), durante coletiva em Brasília

A Vale apresentou a autoridades brasileiras seu plano para descomissionar, esvaziar, todas as suas barragens construídas pelo método de alteamento a montante, o mesmo aplicado nas unidade de Mariana e Brumadinho, que se romperam.

O plano apresentado às autoridades brasileiras visa descaracterizar as estruturas como barragens de rejeitos para reintegrá-las ao meio ambiente. Atualmente a Vale possui 10 barragens construídas pelo método de alteamento a montante, as quais todas se encontram inativas. Todas as barragens da Vale apresentam laudos de estabilidade emitidos por empresas externas, independentes e conceituadas internacionalmente.

Conforme a vale, serão necessários investimentos em torno de R$ 5 bilhões para o descomissionamento das barragens a montante e estima que o processo de descomissionamento ocorrerá ao longo dos próximos 3 anos.

Para a realização das obras de descomissionamento das barragens a montante com segurança e agilidade, a Vale paralisará temporariamente a produção das unidades onde as estruturas estão localizadas, a saber: as operações de Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá, no complexo Vargem Grande, e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopebas, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande. As operações nas unidades paralisadas serão retomadas à medida que forem concluídos os descomissionamentos.

O impacto estimado das paralisações sobre a produção é da ordem de 40 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, incluindo neste número o pellet feed necessário para a produção de 11 milhões de toneladas de pelotas, impacto este que será compensado através do aumento de produção em outros sistemas produtivos da companhia.

Em nota, a Vale afirma que vai reaproveitar todos seus colaboradores atualmente lotados nas operações que serão paralisadas.