Devido a forte chuva, Santa Maria ficou debaixo d’água no dia 21 (Pretinho Almeida Fotos)
O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria de Itabira, Vicente Umberto (PL), vai acionar a Vale para mais informações em relação a barragem Santana.
Ele acredita que a enchente repentina que arrasou Santa Maria, na madrugada de domingo (21), pode ter sido agravada em função do reservatório de água da barragem, localizado na divisa entre Santa Maria e Itabira.
Vereador Vicente Umberto “Queremos respostas”
“A Vale armazena um grade volume de água nesta barragem para manter as operações na usina do Cauê. Com as fortes chuvas, acredito que o volume chegou ao ponto crítico, com risco até de rompimento. Para evitar o pior, os vertedouros que controlam a saída de água tiveram a vazão ampliada? Quantos metros cúbicos de água passaram por segundo pelo vertedouro no dia 21 de fevereiro? São estas e outras perguntas que queremos fazer, pois o reservatório, além de representar risco iminente para o santa-mariense, é um fator de aumento de volume de água no ribeirão Jirau em dias de fortes chuvas, todos sabem disso. Vamos cobrar também estudos independentes, pois é muito fácil a mineradora chegar aqui e apresentar laudos feitos por engenheiros de seu quadro de funcionário ou de empresas contratadas diretamente por ela”, disse Vicente Umberto.
A Vale, em nota disparada ainda na manhã de domingo (21), garantiu a estabilidade da barragem Santana, isso porque moradores foram induzidos a sair de casa após notícia falsa de rompimento do reservatório.
A Vale informou também que a barragem Santana não é de rejeitos, mas de água e sedimentos.