Primeiro caso de Covid-19 em Itabira perto de completar um ano

Cidade registrou até o dia 28 de fevereiro 8.992 pessoas infectadas pela Covid-19 e 77 óbitos

No dia 13 de março de 2020 deu entrada no Hospital Municipal Carlos Chagas a primeira pessoa com sintomas do novo coronavírus, a Covid-19.

A paciente, uma itabirana, gestante, de 29 anos, que participou de cursos em Belo Horizonte no período, teve o teste confirmado posteriormente e não desenvolveu a doença para estágios graves.

De lá para cá, perto de completar 12 meses de circulação, conforme o boletim publicado pela Prefeitura no dia 28 de fevereiro, o vírus já infectou 8.992 pessoas na cidade, média de 26 por dia. Estão internadas em enfermaria e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) 26 pessoas de Itabira e microrregião, a maioria. Em se tratando de óbitos, foram 77, média de seis a cada mês. Outras 420 pessoas estão em isolamento domiciliar. Na outra ponta, 8.467 se recuperaram, conforme o boletim do dia 28 de fevereiro.

Contudo, e sem a imunização em massa, a circulação do vírus segue corroendo a economia e provocando internações e mortes.

Histórico
De março até agora, Itabira, a maior cidade da microrregião e a primeira a registrar pessoa infectada pelo vírus, publicou decretos, com pelo menos cinco atualizações, com normas e restrições para conter a escalada da doença e evitar o colapso do sistema de saúde. Foram feitos também investimentos diversos em equipamentos de proteção individual (EPIs), abertura de novos leitos hospitalares, compra de equipamentos, como respiradores, contratação de profissionais e um pesado trabalho de conscientização como o “fique em casa, lave as mãos, use máscara e mantenha o distanciamento social”.

As ações e restrições impostas por meio dos decretos nestes 12 meses alcançaram os resultados almejados, pelo menos na área hospitalar, que não chegou ao colapso como temiam os profissionais do setor, mas culminaram com a morte de centenas de empresas, como produtoras de eventos, restaurantes e lojas varejistas, arrastando com elas, milhares de empregos.

A esperança do novo normal, mas sem o vírus, está nas vacinas que já imunizam, de forma tímida, profissionais da saúde e idosos. Não há data específica para que as doses cheguem ao público em geral.

Não há também estimativa de investimentos públicos municipais, mas as cifras são seguramente superiores a milhões de reais.

Matéria publicada na edição 728 do Folha Popular