Pronto Socorro Municipal é porta de entrada regional para os casos mais graves
O último decreto da Covid-19 publicado pela Prefeitura de Itabira, que passou a vigorar a partir da última segunda-feira (8), e segue até o dia 23 de março, trazendo medidas mais duras para frear a escalada do vírus, como a suspensão do funcionamento dos serviços e atividades não essenciais e toque de recolher das 20h às 5h, não surtiu efeito na primeira semana em vigor.
É o que mostra o comparativo entre os boletins epidemiológicos diários lançados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Há uma semana, 8 de março, Itabira contabilizou 9.575 casos da Covid-19 e nesta segunda-feira (15), o número saltou para 10.549, aumento de 974, média de 140 novos casos registrados por dia, recorde em 12 meses da pandemia.
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O número de pessoas em isolamento domiciliar também teve acréscimo entre 8 e 15 de março, passando de 623 para 1.201, quase o dobro e a maior alta até agora.
Outro número observado no boletim é o de óbitos. No dia 8 de março a cidade havia sepultado 87 pessoas vítimas da doença e nesta segunda, chegou a 97.
Em se tratando dos 26 leitos de UTI, nos hospitais Nossa Senhora das Dores (HNSD) e Carlos Chagas (HMCC), seguem 100% ocupados por pessoas de Itabira e de cidades da microrregião, que tem Itabira como referência em saúde.
A situação não é diferente nos leitos de enfermaria, que estava com 38 pessoas (68% da capacidade) na última segunda-feira, e hoje está com 54 (98%).
A boa notícia é que das 10.549 pessoas que contraíram o vírus nestes 12 meses, 9.170 se recuperaram (87%).
O aumento de infectados e óbitos na onda roxa não aponta ineficácia das novas medidas, uma vez que o vírus avança com mais agressividade desde fevereiro. Um comparativo mais preciso só será possível depois do dia 23 de março, 15 dias do decreto, e claro, dependerá também da colaboração de todos.