FOTO: Jovens passaram a se mutilar não mais nos braços, mas em áreas mais fáceis de serem escondidas
Aproximadamente 20% dos adolescentes e jovens brasileiros se mutilam, o que resulta em 14 milhões de pessoas. Com a exposição do problema na sociedade, muitos passaram a se mutilar não mais nos braços, mas em áreas que não são facilmente visíveis. Além disso, o suicídio oscila entre 3ª e 4ª maior causa da morte de jovens no Brasil.
As estimativas foram apresentadas, nesta terça-feira (19), pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Ela participou de audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre as políticas públicas de prevenção ao suicídio e automutilação.
“É um fenômeno mundial e um problema de todos nós. Esse tema deve nos unir independentemente das diferenças ideológicas, políticas ou partidárias”, frisou Damares. A partir da própria experiência de abuso sexual na infância e de tentativa de suicídio, aos dez anos, a ministra afirmou que as crianças e jovens nessa situação estão em profundo sofrimento, buscam aliviar a “dor da alma” e precisam ser acolhidas.
Pais – “A primeira coisa a se fazer é abraçar e escutar. Se você é pai ou mãe, não bata, não recrimine, não julgue. Esse jovem não está sabendo lidar com os próprios conflitos”, pontuou a ministra. Por outro lado, ela cobrou dos pais autoridade para fiscalizar, por exemplo, as redes sociais e grupos de conversa usados pelos filhos. “Há receitas de como se matar e vídeos de mutilação nesses grupos”, alertou.