Mãe pede ajuda para salvar vida de filhos com obesidade mórbida

Odete Aparecida Ribeiro Oliveira foi a Câmara pedir ajuda

O apelo de uma mãe para salvar a vida de dois filhos foi um dos destaques da reunião ordinária da Câmara Municipal de Santa Maria, na segunda-feira, 27. A servidora pública municipal Odete Aparecida Ribeiro Oliveira, após receber diagnóstico médico apontando risco de morte dos filhos procurou os vereadores para pedir ajuda financeira para que eles sejam operados. O presidente da Câmara, Vicente Umberto dos Santos (PL) disse que está disposto a ajudar, repassando para a Prefeitura parte da economia gerada neste ano, a qual pagará parte da cirurgia dos jovens.

Os filhos de Odete Oliveira (foto) sofrem de obesidade mórbida. Juntos eles pesam quase 450 quilos. O mais novo, Igor Antônio da Cruz, 24 anos, está pesando cerca de 253,50 quilos, o outro, Alberto Luciano da Cruz, 27, está pesando 192,60. A cirurgia bariátrica é única esperança para eles e se tornou urgente, pois podem morrer a qualquer momento.

A família já vem lutando em busca de uma solução para o problema há mais de cinco anos. Segundo Odete Oliveira, o filho mais pesado já está na fila para se operar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há cerca de cinco anos. Nesse meio tempo, foi submetido a uma verdadeira peregrinação, que faz parte dos procedimentos para a liberação da cirurgia enquanto a situação se agrava. “Já foi marcada consulta, várias palestras. Só em Belo Horizonte já fui muitas vezes e nada foi resolvido. Até em Poços de Caldas e Governador Valadares eu já fui com ele. Só palestra, palestra e nada. Só que agora complicou muito a saúde deles por causa da apneia do sono”.

Apesar de os dois estarem em risco e correndo contra o tempo, a preocupação maior no momento é com Alberto Cruz (foto). Mesmo pesando menos que o irmão, ele vem tendo uma resistência menor à super obesidade. “O médico disse que se ele não operar logo ele morre. Os dois estão correndo riscos. Quando dormem, eles param de respirar”, lamentou Odete Oliveira.

Alberto Cruz estava fazendo acompanhamento com o endocrinologista da rede pública de Santa Maria, mas com a tragédia provocada pelas chuvas de fevereiro no município, a unidade de saúde perdeu todos os documentos e registros dos pacientes. Para um encaminhamento à fila de cirurgia, ele teria que recomeçar o tratamento do início, mas, segundo sua mãe, ele não dispõem mais desse tempo. “Ele pode morrer de uma hora para outra”.

Odete disse que a família é pobre e não tem a menor possibilidade de juntar o dinheiro para a cirurgia. Os filhos não conseguem trabalhar e nem se locomover direito. Dependem de ajuda até para tomar banho. Igor da Cruz já não consegue nem sair da cama.

Durante a reunião da Câmara, ela expôs todo o seu drama aos vereadores. Mãe de outros seis filhos, ela disse que recebe apenas um salário mínimo pelo seu trabalho. O dinheiro é usado para as despesas da casa e para pagar o aluguel de onde mora com o filho mais velho.

Para complementar a renda, ela e os filhos abriram um barzinho no bairro em que moram, mas após a tragédia provocada pelas chuvas de fevereiro, a clientela sumiu. “Nós três somos sócios no bar, só que as vendas despencaram após a tragédia. Todo dinheiro que entra dá R$ 400 para cada”.

Apesar da falta de condição financeira, após receber o diagnóstico médico, a servidora disse que resolveu recorrer ao tratamento particular e acabou saindo mais desesperada do consultório, depois de ouvir os valores da cirurgia. Para operar os dois, os custos somam R$ 37.300,00 fora os exames.

A prefeitura forneceu todos os exames solicitados e para tentar conseguir o valor pedido pelo cirurgião, Odete Oliveira criou uma vaquinha online e uma chave de pix. Ela pede a quem puder contribuir fazer um pix para o número 31980268416 ou faça a doação pela vaquinha eletrônica http://vaka.me/2360298.

“Qualquer valor será de grande utilidade e vai ajudar salvar a vida dos meus filhos”, suplicou Odete Oliveira.