Itabira fica fora da programação do Estado para receber fumacê

Na opinião de Marco Antônio Lage, o efeito do fumacê é mais psicológico do que eficaz

PREFEITO DIZ QUE PRÁTICA PREJUDICA A SAÚDE

  • Em uma semana, número de pessoas diagnosticadas com dengue sobe 34%

10/02/2024 – Apesar do índice alto e crescente de dengue em Itabira, o Município não deverá receber, por enquanto, o carro do fumacê para ajudar a combater o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Em menos de uma semana, as notificações de dengue tiveram um aumento de quase 30%, saltando de 4.674 do dia 31 para 6.533 (28,31%) nesta terça-feira (6). Nesse mesmo período, os casos confirmados passaram de 1.552 para 2.201 (34,02%). De acordo com o boletim epidemiológico, três pessoas já morreram.

Segundo informações da assessoria de comunicação, apesar da Prefeitura já ter feito a solicitação, o Município não entrou na fila de prioridade do Governo do Estado para receber a pulverização de inseticida por veículo.

“Todas as documentações necessárias para a liberação do UBV veicular (a aplicação de inseticida com a utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume) já estão em posse da GRS [Gerência Regional de Saúde]. No entanto, segundo o diretor de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Gustavo Pinho, o Estado afirma que tem outras cidades elegíveis que estão na frente para receber o serviço. Portanto, temos a liberação do Estado, mas não temos data disponível ainda. Ou seja, não há previsão para que o Estado disponibilize o UBV veicular”, informou a assessoria em nota ao Folha Popular.
Vários municípios na região já tiveram o fumacê, entre eles Santa Maria de Itabira e João Monlevade.

O prefeito Marco Antônio Lage (PSB) também acha o fumacê dispensável. Para ele, além de agressivo, prejudica a saúde, principalmente de pessoas que sofrem com problema respiratório. Ele defende que a arma principal contra o mosquito é a prevenção aos criadouros. “O fumacê não é proibido, mas já não é tão recomendado, porque tem o problema de tosse e outros problemas de saúde. O principal é não deixar o mosquito procriar. É a limpeza (dos lotes e ruas)”, disse o prefeito durante entrevista a uma rádio local, ao ser questionado pela realização do serviço na cidade.

Na opinião de Marco Antônio Lage, o efeito do fumacê é mais psicológico do que eficaz.
Marco Antônio aproveitou o espaço na rádio para anunciar as demais medidas adotadas pela Prefeitura no combate ao mosquito e às arboviroses. Entre as ações, desde sábado (3), Unidades Básicas de Saúde (UBS) de sete bairros abriram as portas nos fins de semana, das 7h às 16h, para atender exclusivamente os casos suspeitos de dengue.