Índice de dengue despenca naturalmente no frio, mas Prefeitura aponta ações do governo como responsável

Governo de Itabira dispara informações maquiando a realidade

05/06/2024 – A Prefeitura de Itabira divulgou nesta quarta-feira (5) que as ações de combate à dengue em Itabira, coordenadas pelas secretarias municipais de Saúde (SMS), Desenvolvimento Urbano (SMDU) e Meio Ambiente (SMMA), são as responsáveis pela redução considerável do índice de infestação do mosquito transmissor da dengue e outras endemias no município.

Contudo, a infestação do Aedes aegypti é naturalmente maior no verão, devido as chuvas e calor, e reduz drasticamente no outono/inverno.

Conforme os números, o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado em maio, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 1,3% – número menor do que o apurado durante a epidemia de dengue. Em janeiro deste ano (no ápice do verão), por exemplo, o Liraa havia apontado 12,8% de infestação.

Sem apontar a negligência da administração por não adotar medidas preventivas contra a infestação do mosquito e explosão de casos de dengue, o diretor de Controle de Zoonoses, Gustavo Cardoso Pinho, disse que em dezembro do ano passado, seis meses após o alerta de circulação do sorotipo 3 em Belo Horizonte, diversas ações foram realizadas em Itabira a fim de combater os números de incidência elevada das arboviroses em Itabira. Apenas a partir de dezembro, foi criada a Sala de Situação, mesmo com o decreto emergencial em vigor, com data de julho de 2023. No local, foram concentradas todas as demandas relativas à epidemia, principalmente, a organização dos mutirões de limpeza, fiscalização (Vigilância Sanitária, Posturas e Meio Ambiente), digitação dos casos suspeitos, confirmados e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), além da continuação das campanhas de conscientização.

CAMPEÃ ESTADUAL EM MORTES
BOLETIM DA DENGUE COM DATA DE 3/6/2024

Contrário e negligenciando a realidade de Itabira, cidade com maior registro de mortes por dengue em Minas Gerais, Gustavo Pinho, garante que o objetivo da Sala de Situação foi alcançado com relação à desburocratização, agilidade nas tomadas de decisões, parceria e proximidade entre os setores de diferentes secretarias municipais. Os dados, conforme ele, comprovam que as ações desempenhadas de maneira ativa pelo sistema que reuniu as secretarias resultaram no decréscimo acentuado de notificações e Liraa, mesmo em ano epidêmico. “Os números alcançados recentemente evidenciam o sucesso das ações da Sala de Situação da Dengue, podendo se valer da máxima: limpeza é sinônimo de saúde”, comemorou.

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