Governo Marco Antônio não aceita baixa avaliação da saúde em Itabira

Ranking feito com dados do eSUS mostra queda no desempenho da saúde de em Itabira

28/02/2024 – Devido a péssimo nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Itabira divulgou na tarde desta quarta-feira (28), matéria tentando desacreditar o ranking estadual de desempenho da atenção primária em saúde, referente ao Programa Previne Brasil, do 3° quadrimestre de 2023, produzido por meio de informações do eSUS, do Governo Federal, e publicado na segunda-feira (26).

Na posição 675 entre os 853 municípios, com nota 332,77 em um total de 999,99, o governo Marco Antônio Lage (PSB) acusa, sem provas, que o ranking não observou parâmetros como a densidade populacional, população rural, usuários da rede suplementar, rede de atenção à saúde local, complexidade de assistência ofertada nos demais níveis de saúde do município e outros.

A Prefeitura ataca o “suposto ranking”, usando como argumento o primeiro colocado, que é o município Rio Doce, com 2.484 habitantes, taxa de mortalidade infantil de 41,67 para cada 1.000 nascidos vivos e duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) na rede de assistência, segundo o IBGE.

  • Gráfico em relação a cidade de Rio Doce

Curioso é que estes mesmos recortes e autoanálise não estão sendo fitos por gestores de cidades que tiveram boa pontuação

Já Uberlândia, com 699 mil habitantes e rede de saúde composta por 75 Unidades Básicas de Saúde (UBS), cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dois Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), 15 Unidades de Atenção Especializada, oito de pronto atendimento e quatro unidades hospitalares está em 566° lugar do mesmo ranking. Vale destacar que Uberlândia foi reconhecida em 2023 pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pelo Ministério da Saúde por garantir o acesso da população aos sistemas e serviços de saúde de excelência.

  • Vereadores criticam a qualidade da saúde

Na sessão de terça-feira (27), os vereadores usaram o ranking para criticar a gestão Marco Antônio Lage, que mesmo com quase R$ 300 milhões para ser aplicado em saúde, tem deixado a população desassistida.

“A saúde ruim é o reflexo das constantes trocas de secretários da pasta; a quarta mudança ocorreu recentemente”, lembraram.

“Não é necessário ranking para saber que a gestão da saúde municipal não está legal, basta olhar a fila de pessoas esperando por cirurgia, tratamentos entre outros procedimentos”, dispararam.

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