O Centro de Valorização da Vida (CVV) Itabira está com inscrições abertas para o processo de seleção de voluntários. A captação acontece no mês em que se comemora o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado sempre em 10 de setembro. O mês de setembro é também o mês de luta e conscientização contra o suicídio.
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização e prevenção ao suicídio. No Brasil, foi criada em 2015 pelo CVV, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria, com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
Para se cadastrar é preciso ter mais de 18 anos e disponibilidade para atuar quatro horas e meia por semana. As inscrições podem ser feitas, diariamente, no site do CVV, link “Seja Voluntário” ou enviar mensagem para o e mail “itabira@cvv.org.br”.
O Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas, todos os dias. É uma entidade sem fins lucrativos, com missão de valorizar a vida.
Mais de 1,1 mil atendimentos
Em Itabira o CVV atua com 18 voluntários atendendo pelo telefone 188, todos os dias do ano, das 18h às 22h. No mês, são cerca de 1.100 atendimentos por telefone. Esse número está aquém da demanda.
A ONG local prefere não divulgar números. Mas de acordo com estatísticas nacionais, as chamadas por dia tiveram um salto de 60%. No município itabirano, a situação não é diferente. “Não temos dados comprovados sobre números de mortes por suicídios em Itabira. Normalmente, trabalhamos com dados extraídos do mapa da violência ou da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem uma defasagem de três anos, por isso preferimos falar do que o CVV faz”, justificou o coordenador Maurício Silva André.
A preocupação é conseguir pelo menos atender as necessidades. Entretanto, não havendo plantonista local, o atendimento é feito pelo telefone 188 ou pelo chat que tem no site “cvv.org.br”. A ligação é gratuita.
Cuidados ao perceber o pior
Mesmo não sendo voluntário, qualquer pessoa pode ajudar alguém próximo com problema, na opinião de Maurício André. “Quando alguém se depara com pessoas (seja familiares ou amigos) e percebe que ela não está bem, se ofereça para conversar, tenha uma escuta respeitosa sem críticas ou julgamentos, fica o tempo que a pessoa precisar, seja compreensivo, paciente e atencioso. Se não resolver, ofereça e acompanhe até um profissional da área ou ao pronto-socorro”.
Mas, se perceber que a situação é de risco, a recomendação é pedir ajuda urgente ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Bombeiro ou até mesmo da Polícia Militar, que são as instituições que podem atender nas emergências.
Matéria publicada na edição 767 do Folha Popular