Os resultados revelaram que 48,5% dos focos estavam em bebedouros de animais e vasos de plantas
Terceiro Liraa do ano foi realizado em agosto e aponta infestação de 1,9%
O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Liraa) é uma ferramenta fundamental para avaliar a infestação do mosquito Ardes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O terceiro Liraa deste ano, realizado no inverno, entre os dias 14 e 18 de agosto, revelou informações importantes sobre a presença dos criadouros do mosquito em Itabira.
De acordo com o levantamento, o Índice de Infestação Predial (IIP), que mede a proporção de imóveis com focos do mosquito, foi de 1,9%. Para o Ministério da Saúde, valores inferiores a 1% são considerados de risco ideal, indicando uma situação controlada. Valores entre 1% e 3,9% são classificados como risco médio, sinalizando a necessidade de alerta e intensificação das ações preventivas. Acima de 4%, o risco é considerado alto, podendo indicar um surto iminente das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Durante o terceiro Liraa do ano realizado no município, foram visitados 1.797 imóveis, onde foram identificados os principais criadouros do mosquito. Os resultados revelaram que 48,5% dos focos estavam em bebedouros de animais e vasos de plantas; seguidos por 18,2% em depósitos de água no nível do solo, como caixas d’água e tambores. Além disso, 15,2% dos focos foram encontrados em depósitos fixos, incluindo piscinas e caixas de inspeção, enquanto 12,1% estavam em recipientes passíveis de remoção, como baldes e vasilhames diversos, por exemplo.
Para combater a infestação e reduzir os riscos à saúde da população, a Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tomou algumas medidas. Em outubro de 2022, foram contratados mais 14 Agentes de Combate às Endemias (ACE). Em julho deste ano, uma ação emergencial contratou mais 50 agentes. O Município também investiu em campanhas de conscientização.
“O Liraa nos fornece uma visão crucial da infestação do Aedes aegypti e orienta as medidas de controle. Ações como o aumento no quadro de agentes e campanhas de conscientização são passos importantes para minimizar a propagação dessas doenças e proteger a saúde da comunidade. Assim, as medidas tomadas buscam intensificar a busca por criadouros do mosquito, orientar a população, além de eliminar os focos encontrados”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade.
As ações já mostram resultados positivos: nessa mesma época, no ano passado, o IIP foi de 2%, o que mostra uma redução na infestação. Contudo, os números ainda indicam a necessidade de vigilância constante e esforços contínuos – inclusive da população – para evitar surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Breve histórico:
28/06/22 a 02/07/22: IIP de 2%
24/10/22 a 28/10/22: IIP de 5,6%
16/01/23 a 20/01/23: IIP de 9%
15/05/23 a 19/05/23: IIP de 5,2%