Antes tarde do que nunca: Prefeitura de Itabira amplia medidas para combater às arboviroses

Para aliviar a situação, foram instalados dois contêineres do lado de fora do Pronto-Socorro Municipal, exclusivo para atendimento de pessoas com sintomas da dengue

03/02/2024 – Os trabalhos desenvolvidos em Itabira para garantir atendimento aos pacientes e eliminar os focos do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika – não foram eficazes e aplicados no momento certo, fato que rendeu à cidade no mês passado o segundo lugar no estado em infestação de dengue, perdendo apenas para Belo Horizonte.

Para recuperar o tempo perdido, a Prefeitura apresentou, na terça-feira (30), novas medidas para combater a crise epidemiológica no município.

A partir deste sábado (3), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) funcionarão nos fins de semana, das 7 às 16 horas, para atender exclusivamente os casos suspeitos de dengue. São elas: Praia II/ Juca Rosa, Amazonas/ Areão, Gabiroba de Cima I e II, Pedreira I e II, João XXIII/ Machado, Água Fresca/ Juca Batista e Santa Ruth/ Santa Marta. As farmácias municipais das UBS Gabiroba e Pedreira, além da Farmácia de Minas, também estarão abertas nos fins de semana, inclusive durante o Carnaval.

Será implantada também a Sala de Controle de Situação da Dengue: uma força-tarefa entre as secretarias municipais de Saúde (SMS), Desenvolvimento Urbano (SMDU), Meio Ambiente (SMMA) e Itaurb. A sala funciona na SMAA, com o objetivo de georreferenciar os locais mais afetados pela epidemia em Itabira. A partir desses resultados, as equipes atuam de maneira mais pontual e eficaz.

Outra medida apresentada foi o reforço das equipes e ampliação da estrutura de coleta e limpeza (os famosos bota-fora) que será realizada em todos os bairros e obras públicas.

  • Alerta

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) anunciaram a provável epidemia da dengue em 2024 – com previsão de que este seria o pior ano epidêmico no país para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

  • Antes tarde do que nunca

Em janeiro deste ano, a Prefeitura renovou o contrato com 54 ACE, totalizando 108 profissionais em campo, número maior do que o que preconiza o MS (um agente para cada 800 a mil imóveis). Com isso, o número de visitas de inspeção e orientação aos munícipes deverá aumentar. Ainda sobre conscientização, equipes da SMS realizaram reuniões com moradores dos bairros que apresentaram maior incidência de focos do Aedes: Praia, Vila Amélia, Gabiroba, Fênix, Santa Ruth, Pedreira e Bela Vista. Essa ação segue um cronograma e continua enquanto durar a endemia.

Para dar mais celeridade aos atendimentos, o Município adquiriu o teste rápido para detecção da dengue em pessoas sintomáticas (disponíveis nas UBS); implantou o ambulatório para reposição volêmica/ hidratação dos infectados; e instalação de dois contêineres no Pronto-Socorro Municipal de Itabira (PSMI), com atendimento médico.

Somam-se ainda às ações de combate às arboviroses: multa para os munícipes que não eliminarem os focos notificados, de R$ 370 a R$ 1.800 (SMS/ Vigilância Sanitária); edital de notificação e multa de lotes sujos, valor pode chegar a R$ 400 (SMDU); e contratação do Monitoramento Inteligente (empresa especializada na captura, identificação do mosquito e do sorotipo em circulação. A cada R$ 1,00 investido na tecnologia de prevenção, são economizados R$ 6,00 que seriam gastos em tratamentos das arboviroses (em fase de tramitação dos documentos para contratação do serviço).

Importante lembrar que, mesmo com os esforços dos poderes Federal, Estadual e Municipal, está comprovado que mais de 80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das casas e seus entornos.