Evento atraiu grande público
28/06/2024 – O 2º Seminário de Oncologia de Itabira, realizado pelo Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em parceria com o Laboratório Silveira, Prefeitura e as empresas COI e DMX no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, foi marcado por discussões profundas sobre os avanços e desafios para o tratamento do câncer.
O evento, que reuniu profissionais renomados da área, teve como objetivo promover a troca de conhecimentos e experiências sobre os desafios e projeções de melhoria no acolhimento e atendimento do cliente na rede primária e no hospital. Mais de 250 pessoas estiveram presentes.
Profissionais da saúde palestraram e responderam à perguntas do público
O provedor do HNSD, Márcio Labruna, o diretor executivo do hospital, Alexandre Coelho, o vice-prefeito de Itabira, Marco Antônio Gomes e a secretária de Saúde, Fabiana Machado, participaram da abertura do Seminário.
Labruna destacou a importância de Itabira ser referência para o tratamento oncológico. “Os pacientes de nossa cidade e região podem contar com o conforto e segurança para fazer o tratamento próximo de sua família e estamos investindo ainda mais para isso”.
As palestras do seminário foram direcionadas aos profissionais da saúde e abordaram os direitos do paciente ao acesso a diagnóstico e tratamento do câncer, conforme a legislação, na fase inicial da doença, aumentando a expectativa de cura.
Avanços da Unacon Itabira
O diretor executivo do HNSD, Alexandre Coelho, foi também palestrante no seminário e apresentou a UNACON, destacando que o tratamento à pacientes com câncer foi iniciado em 2017, quando eram realizadas 747 consultas e teve um aumento expressivo em 2023, com 8.210 consultas.
“Um aumento significativo que demonstra o potencial de atendimento do HNSD. Um jovem serviço que denota um trabalho sério e comprometido do hospital”. Além disso, Alexandre apresentou o fluxo e o trabalho realizado pela equipe de cuidados paliativos no intuito de humanizar a relação com os pacientes.
Oncologia no SUS: onde estamos e para onde vamos?
O médico oncologista, Alberto Wainstein, responsável técnico da oncologia do hospital, falou sobre a oncologia via Sistema Único de Saúde (SUS), sobre a importância do diagnóstico precoce, o tempo como sendo o principal aliado do paciente no tratamento. Também frisou que, de acordo com pesquisas recentes, a proximidade do paciente com o local onde irá realizar a quimioterapia e a radioterapia é fator primordial para o sucesso do tratamento. O que reforça o quanto ter um tratamento de qualidade, perto e que promova um bem-estar físico e mental do paciente e família é importante.
Epidemiologia e tratamento do Câncer de Colo de Útero
A médica Larissa Vilar destacou a importância de conhecer os tratamentos a fundo para entender o ganho de sobrevida global da paciente com câncer de colo de útero. Ela também frisou a importância do preventivo e da vacina.
Regulação e Fluxos de acesso à oncologia com base na legislação
A enfermeira Késia Costa apresentou o tema com base na legislação. Ela falou da importância da “lei dos 60 dias” que garante aos pacientes com câncer o direito de iniciar o tratamento no SUS em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico patológico e a “lei dos 30 dias” nos casos em que a principal hipótese diagnóstica seja a de neoplasia maligna, os exames necessários à elucidação devem ser realizados no prazo máximo de 30 dias, mediante solicitação fundamentada do médico responsável.”
O que esperar da implantação da radioterapia na Unacon Itabira
O médico Cássio Trindade, que será responsável pela radioterapia, falou sobre o tratamento, lembrando que a radiação permanece por um tempo no paciente e o quanto isso pode impactá-lo. Destacou que é um tratamento que segue uma série de parâmetros para garantir a segurança do paciente e explicou o efeito de sobrevida que pode representar.
Fluxo do paciente oncológico na urgência
A enfermeira Viviane Duarte, destacou o fluxo do paciente oncológico na urgência, que chega pelo Pronto Socorro, porta aberta para atendimento, e da importância da rede trabalhar de forma sincronizada para que o paciente não chegue primeiro à urgência.
Desafios para garantir o diagnóstico precoce
A enfermeira Kênia Penna, frisou os desafios para garantir o diagnóstico precoce na atenção primária, destacando a desinformação, o cancelamento de consulta, a dificuldade de acesso em razão do horário de atendimento, a alta demanda de pacientes agudos e a rotatividade de profissionais.
Rastreamento do câncer de mama
A enfermeira Vanessa Maia, disse que o exame de mamografia precisa ser realizado por todas as mulheres. O que normalmente se vê, segundo ela, é que é feito apenas por pacientes que já fizeram anteriormente.
O Seminário de Oncologia foi finalizado com um painel entre as profissionais palestrantes. Os participantes puderam fazer perguntas e tirar suas dúvidas que variaram desde o diagnóstico até o rastreio do tratamento.