Para resolver a falta d’água nos bairros Chapada e Boa Esperança, Prefeitura investe em solução definitiva que beneficiará mais de quatro mil pessoas
Paralisada há quase dois meses, devido a uma ação judicial, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira reiniciou, na semana passada, as obras de construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Chapada. O empreendimento beneficiará mais de quatro mil pessoas.
Como já explicado pelo diretor-presidente da autarquia, Leonardo Ferreira Lopes, a oferta de água no bairro Chapada é insuficiente e o problema se agravou com o crescimento populacional da região nos últimos 12 anos. O abastecimento, atualmente realizado por meio de poço artesiano, não supre a necessidade dos moradores.
“A maior demanda desta região é a falta de água. A comunidade é atendida por dois poços artesianos, que não conseguiram acompanhar o crescimento da população. Então, a solução definitiva para essa questão é construir a ETA”, afirmou o diretor-presidente durante uma visita técnica realizada nesta semana. Ainda segundo Leonardo Lopes, os poços artesianos não serão desativados. “Iremos tratar a água do córrego com uma vazão de 10 litros por segundo e, junto aos poços, será suficiente para atender de forma adequada a população de toda a região do Chapada e do Boa Esperança”, garantiu.
A expectativa da aposentada Lourdes Lisboa Ribeiro, moradora da região, é que a ETA resolva definitivamente o problema. “Principalmente no fim de semana, que a água do Saae não cai mesmo. Com essa obra, espero que melhore para todo mundo”.
De acordo com Leonardo Lopes, os trabalhos seguem na etapa de fundação e, por causa do atraso, a ETA será concluída no final do primeiro semestre. Em contrapartida, o Saae já concluiu 30% da construção de fossas sépticas acima do local onde será implantada a nova ETA. Com os trabalhos, até meados de abril 70 famílias das Areais, localidade do bairro Chapada, terão a garantia da qualidade da água que será tratada no local.
“Até então, essas casas não tinham acesso a tratamento adequado de esgoto, que era despejado no córrego que faremos a captação de água para a ETA. Agora, os moradores contam com o benefício de fossas biodigestores e nós sabemos que para cada investimento em saneamento básico, geramos economia ainda maior à saúde pública”, explicou o diretor-presidente.
Para Naévio Merquíades Lopes, que também mora na região, a instalação das fossas deixará a água “mais pura”. “O esgoto de todos aqui jorrava para o córrego. Eu acho que vai melhorar muito porque tira a contaminação da água, fica melhor e todo mundo pode usar”, avaliou o aposentado.
Outra ETA
Já na Serra dos Alves, localidade turística do município, a obra também sofre atrasos, pois o Saae negocia a compra do lote onde será construída a Estação de Tratamento de Água. “É necessário um terreno de no mínimo 600m². Estamos analisando as áreas disponíveis para definir o local o mais rápido possível”, ressaltou Leonardo Lopes.
Em tempo
No distrito Ipoema, as obras de modernização e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) estão quase concluídas. A construção de novas redes e ramais executou 600 metros de rede coletora de esgoto e 700 metros de emissários – parte do sistema de esgotamento sanitário que conduz os resíduos recebidos da rede coletora para o tratamento – totalizando, portanto, 1,3 mil metros de novas redes. “Com isso, 100% da sede urbana no distrito contará com coleta e tratamento de esgoto”, garantiu o diretor-presidente.
Também em andamento, segundo Leonardo Lopes, a construção da Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR) da ETA Senhora do Carmo, que permitirá a recirculação de até 5% da produção da água.