Raimundo Nonato Barcelos determinou a suspensão de dezenas de obras assim que retornou para a Prefeitura, em 2021, mas teria voltado atrás
- SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO
25/11/2022 – Os fortes indícios de irregularidades, revelados pelo parecer paralelo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), assinado pelo vereador Cássio Túlio Rodrigues Silva (PTB), que investiga as 34 obras da gestão 2017/2020, paralisadas por determinação do prefeito Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT) no início de seu mandato, em 2021, viraram peça de investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) devido à falta de respostas à ofícios do vereador. O órgão exige agora do governo, com prazo determinado, todos os documentos relacionados às obras suspensas, como processos licitatórios, assinaturas dos contratos, execuções, fiscalizações e pagamentos.
Conforme a Prefeitura, as obras foram suspensas por falta de licenciamento ambiental, Modelo da Informação da Construção, entre outras alegações, consideradas infundadas pelo autor do parecer paralelo da CPI. “Os prejuízos causados pelas paralisações determinadas por Nozinho ultrapassam os R$ 200 milhões”, estima Cássio Túlio.
- Entenda o caso
Aliado do governo, o presidente da Câmara, Diego José Ribeiro (PDT), só nomeou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as obras paralisadas, após determinação judicial. Diego Ribeiro já articula para continuar na presidência da Casa
Como a investigação segue em sigilo, as informações são limitadas, contudo, é público que o presidente da Câmara de São Gonçalo do Rio Abaixo, Diego José Ribeiro (PDT), nomeou, após determinação judicial, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, investigar, elucidar e fiscalizar os motivos da paralisação das obras iniciadas nos anos finais da gestão do ex-prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho (2017/2020).
Os membros da comissão, Marlon Túlio Pessoa Costa e Gladston Marlon de Castro, sem citar o terceiro componente, vereador Cássio Túlio Rodrigues Silva, assinaram o relatório conclusivo da CPI em julho de 2022 e o encaminharam, como determina a lei, ao Tribunal de Contas para devidas análises e o solicitado arquivamento, apontando normalidade nas obras até então paralisadas.
Não satisfeito, Cássio Túlio elaborou, após centenas de perguntas não respondidas pela Prefeitura, um relatório parcial e o protocolou no TCE, com questionamentos que motivaram os membros da Corte a solicitar todos os documentos relacionados às 34 obras suspensas pelo governo de Raimundo Nonato Barcelos que, repentinamente, as considerou dentro da legalidade.
Matéria publicada na edição 773 do Folha Popular