Projeto de Capacitação para portadores de deficiências é tema de palestra na Câmara

A proposta foi aprovado por todos os vereadores logo após a palestra

Os vereadores e profissionais da rede municipal de educação de São Gonçalo do Rio Abaixo acompanharam, na quinta-feira (19), palestra sobre a importância da capacitação para o processo de inclusão de alunos com deficiências. O encontro, realizado na Câmara, teve como objetivo explicar as pontuações do Projeto de Lei 16/2022, que tramita no Legislativo.

A proposta, de autoria do vereador Juninho de Edirlei (PDT), prevê regras para capacitação dos trabalhadores municipais da educação do Município para atender os alunos com deficiência física, mental, intelectual, sensorial, transtorno do espectro autista (TEA) ou outra deficiência cognitiva.

“Praticamente todas as escolas possuem um aluno portador de deficiência. Precisamos garantir o acesso e a permanência dele na escola. A formação dos profissionais e a educação inclusiva vai romper com esse modelo de exclusão e segregação”, disse o vereador.

Capacitação é elo para inclusão

A advogada Mariana Melo foi uma das palestrantes. Ela é mãe de uma criança de três anos diagnosticada com TEA e faz parte de associação, em Barão de Cocais, que garante o cumprimento dos direitos de portadores de deficiências. “A inclusão só existe se houve capacitação e conscientização. A escola é onde estão os maiores casos de violação desses direitos”, explica.

Mariana defende a preparação dos profissionais nas escolas, para que haja melhor atendimento às necessidades de cada estudante. Também apoia a realização do Censo de Inclusão, para identificar quantas pessoas precisam de atendimento especializado no município, onde elas moram e as condições sociais, para poder planejar melhor as políticas de inclusão.

A neuropsicopedagoga Adriana já atuou na rede de ensino, é mãe de uma criança com má formação congênita. É portadora de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e tem uma filha com o mesmo diagnóstico. “Capacitação é a chave para a inclusão. Cada aluno tem sua especificidade e seu método de aprendizado. E, por isso, Saúde e Educação tem que andar juntas e atuar de forma conjunta”, reforça.

O Projeto foi aprovado por unanimidade em primeira votação na Sessão Ordinária realizada quinta-feira, logo após a palestra.