Crea-Minas e Associação de Ex- Alunos da Escola de Engenharia da UFMG firmam parceria para capacitar profissionais de engenharia, agentes sociais e gestores públicos em mais de 80 municípios do estado
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas), em parceria com a Associação de Ex- Alunos da Escola de Engenharia da UFMG (AEAEE UFMG), vai capacitar profissionais de engenharia, agentes sociais e gestores públicos em mais de 80 cidades mineiras até o final deste ano. Serão dois dias de treinamento em cada município para diagnóstico e elaboração de projetos de desenvolvimento da infraestrutura urbana e rural. A primeira cidade a receber o treinamento será Santa Bárbara, na região Central de Minas Gerais, nos dias 26 e 27 de abril de 2018.
A capacitação será constituída de palestras, levantamento das demandas locais, visitas técnicas em pontos críticos das cidades e elaboração de diagnóstico técnico com apontamento de soluções para cada problema identificado. “Vamos fornecer informações necessárias para que a própria comunidade, juntamente com os profissionais técnicos locais, promova ações favoráveis para o desenvolvimento municipal”, explica o coordenador do projeto, presidente da AEAEE-UFMG e conselheiro do Crea-Minas, engenheiro civil Bernardo Abraão Lopes.
O treinamento faz parte do projeto “Engenharia Pública e Assessoria na Gestão de Projetos de Infraestrutura Urbana e Rural”, que tem como objetivo central demonstrar a necessária contribuição da engenharia na gestão de serviços públicos. “Queremos romper com o paradigma de que o engenheiro atua somente na assistência técnica de habitação, e mostrar que eles são peças indispensáveis para a promoção de um desenvolvimento econômico, sustentável e social”, afirma Bernardo.
O conceito de engenharia pública trabalhado nos treinamentos vai além do que determina a Lei de Engenharia Pública, nº 11.888/2008, que estabelece assistência técnica para quem quer construir, reformar e ampliar ou fazer a regularização fundiária de casas com até 60m2, localizadas em áreas de interesse social. Para construir esse conceito mais amplo, Bernardo identificou 17 demandas municipais não somente na área de habitação, como também nas áreas de saúde, nutrição, abastecimento de água, esgotamento sanitário, obras específicas, transporte, manutenção, educação e outras. “Precisamos desmistificar a engenharia pública como algo complexo e de difícil aplicação. O nosso intuito é mostrar a importância do trabalho técnico de profissionais no diagnóstico, elaboração de projetos e execução de serviços para melhor atendimento das demandas públicas”.