Nozinho promove megafesta para servidores nesta sexta-feira (27)

Só com copos de alumínio serão gastos quase R$ 50 mil (Imagem ilustrativa)

  • E AINDA ESTRANGULA A SEXTA-FEIRA

26/10/2023 – O prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT), não está poupando recursos públicos para proporcionar momentos rápidos de descontração também às mais de duas mil pessoas que compõem o quadro de pessoal da Prefeitura, garantindo megafesta no valor de R$ 290.382, agendada para esta sexta-feira (27), um dia antes da merecida data oficial do Dia do Servidor Público, 28 de outubro, neste ano, em um sábado.

Conforme os cinco termos de contratos, de números 278/2023 a 282/2023, assinados pelo prefeito e secretária municipal de Gestão de Pessoas, Margareteh do Rosário Rodrigues de Almeida Pereira, com empresas de São Gonçalo, Viçosa, Juatuba e João Monlevade, o serviço de buffet deverá servir até 2.200 pessoas e custará R$ 188.500. A reportagem não localizou no portal da Prefeitura qual cardápio compõe o buffet. Outro contrato exige o fornecimento de 2.500 canecas de alumínio de 500ml, por R$ 48.875.

Como não podia faltar, o churrasco deverá servir 2.200 pessoas, ao custo total de R$ 31.450. Também não há no site tipos de carnes que serão servidas. Para o ambiente ficar colorido, a Prefeitura pagará R$ 12.500 só com decoração. O Dia do Servidor em São Gonçalo do Rio Abaixo não se resume a comidas e bebidas. O prefeito Nozinho determinou a locação de plataforma 360º, quadra inflável de futebol e touro mecânico para adultos, além de duas mesas de ping-pong, por R$ 9.057. Os gastos gerados por estes cinco contratos totalizam em R$ 290.382,00.

A festa acontecerá no Parque de Exposições da cidade, a partir das 12h. Não foram revelados gastos com locação de banheiros químicos, segurança e iluminação.

Nozinho diz que valeu a pena voltar para ser prefeito

Raimundo Nonato, que já governou a cidade entre 2005/2008 e 2009/2012, gravou vídeo recentemente revelando que valeu a pena voltar para ser prefeito e que, para ser mais um, não queria voltar a governar a cidade mais rica do Brasil.

Ao andar pelo município, é possível escutar dos pagadores de impostos que falta água com qualidade, em algumas regiões a energia elétrica não chegou, mesmo sendo promessa de campanha de Nozinho em 2020. Há também reclamações de atrasos de obras que já deveriam estar concluídas e que serviços essenciais esbarram em burocracias. Como se não bastasse, a Prefeitura foi recentemente tema de reportagem do jornal Estado de Minas, que revelou inúmeras irregularidades conforme o Cadastro Único de Convênios (Cauc). A Prefeitura nega.

Já as obras entregues, conforme vereadores, têm baixa qualidade, principalmente as de asfalto, que em pouco tempo de uso, já passam por reparos.

  • Matéria publicada na edição 796 do Folha Popular