Governo de Passabém ignora recomendação da GRS para Prefeitura assumir gestão de hospital

Ronaldo Sá acatou a recomendação da GRS, para substituir o título “hospital”, ampliado e reequipado na gestão de seu pai, o ex-prefeito José Miguel de Sá, em 1985

26/02/2025 – Mesmo diante de justificativas irrefutáveis apontando para a necessidade de mudar o status de funcionamento do Hospital Municipal São José como forma de evitar o fechamento da unidade de saúde na cidade, o prefeito Luciano Madureira (Mobiliza), está disposto a ignorar as recomendações da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira.

No documento enviado à Prefeitura, o órgão estadual de saúde explica que o custo para manter uma fundação para gerir o hospital é muito alto e que não tem demanda suficiente, conforme comprova pesquisa do Governo Estadual.

A recomendação destaca de forma clara que o hospital não será fechado, rebatendo o que vem dizendo e publicando o atual Governo Municipal.

O ofício propõe fechar a Fundação Municipal de Saúde, responsável pela manutenção do hospital, repassando essa obrigação para a Prefeitura de Passabém. Com isso, o hospital será transformado em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mantendo os mesmos atendimentos ofertados atualmente pelo Hospital São José.

Conforme o ofício ignorado pela atual administração, a mudança na forma de gestão é um meio responsável para reduzir custos, não atendimentos e internações.

O prefeito, contudo, discorda e se recusa a acatar a sugestão da Gerência Regional de Saúde. Ele insiste em dizer ainda que não tinha conhecimento da recomendação feita pela GRS por meio do ofício que foi enviado ao seu antecessor, a quem atribui interesse no fechamento da unidade de saúde do município.

Em nota ao Folha Popular, por meio de sua assessoria, Luciano Madureira deixa claro que ficou sabendo do documento por meio do Folha Popular, que enviou para seu assessor uma cópia do ofício que explica os motivos da proposta. Ele ameaça ainda tomar providências para anular ações já iniciadas no governo passado para manter em Passabém o status de hospital, e não de UPA.

A alegação do atual prefeito contradiz informações dos membros da equipe de transição do ex-prefeito Ronaldo Sá, que afirmam que todas as informações foram colocadas em relatórios apresentados ao atual vice-prefeito, Marcos Oliveira da Silva.

“Sempre foi deixado claro para a direção da fundação e para os funcionários que o objetivo seria a extinção da fundação, que há muitos anos estava operando em situação irregular. Mas, que o Hospital São José não seria fechado, apenas alterado para Unidade de Pronto Atendimento, e, desta vez, administrado pela Prefeitura, com uma gestão mais eficiente”, disse o ex-assessor jurídico da Prefeitura Thiago Pedra Leal.

Segundo o advogado, a informação com a recomendação da GRS foi apresentada em relatório diretamente ao vice-prefeito, que na ocasião integrava a diretoria da Fundação de Saúde.

“Inclusive o vice, quando da época das conversas para alteração da Fundação Municipal de Saúde para uma Unidade de Pronto Atendimento com administração da Prefeitura, está ciente das alterações, pois participou das reuniões”, atestou Thiago Leal.

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Ex-servidor que trabalhou no setor de saúde da Prefeitura de Passabém resume situação em breve relato enviado ao Folha Popular

“O que se percebe é que o governo Luciano Madureira está criando narrativas levianas para atribuir um provável fracasso na gestão da saúde pública municipal, como foi no passado, à fantasiosa falta do status ‘Hospital de Passabém’, que deve passar a ser uma Unidade de Pronto Atendimento, sob gestão da Prefeitura, que, aliás, tem sido responsável pela manutenção do Hospital São José há anos, por meio de repasses vultosos, mesmo sabendo da baixa efetividade em se tratando de acolhimento de pacientes, conforme aferiu a GRS, que emitiu ofício com devida recomendação”, diz um ex-integrante da gestão Ronaldo Sá, que pediu anonimato para preservar sua liberdade.

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Pelas ruas de Passabém, o que dizem os moradores, na situação de anonimato, prevendo perseguição:

“Parece que a atual administração quer usar o valor sentimental de que Passabém tem hospital para confundir a população”

“Não é legal fechar um hospital, né. Mas será que é isso mesmo?”

“Pelas informações, a UPA atenderá sem grandes mudanças. Então, por que, ao contrário dos ataques, o atual prefeito não conta a verdade?

“Não posso opinar, pois não sei ao certo como vai ficar”

“São recém-empossados e mídia desesperada deturpando a realidade com propósitos politiqueiros e financeiros”

“Como pode Ronaldo Sá querer fechar um hospital que faz parte da história política de sua família? É muita incoerência e amadorismo dessa gente”

“Em 2017, após a gestão do grupo que voltou a assumir a Prefeitura neste ano, Ronaldo Sá assumiu a administração com o hospital em situação de abandono”. Isso eles não falam né?

“Vamos falar a verdade gente. O ex-prefeito Ronaldo Sá fez história em gestão de saúde em nosso município. Isso incomoda e passou a ser motivo de narrativas e publicações sorrateiras”

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