O presidente da associação, Carlos Ferreira com o prêmio máximo oferecido pelo programa
19/6/2023
Com o projeto “Vale que te quero vivo” de despoluição de rios, a comunidade rural do São Pedro, em Santa Maria de Itabira, por meio do Conselho Comunitário do Grupo São Pedro, foi premiada com o 1º lugar na edição 2022 do programa Valorizar, da empresa Vale.
Com a vitória, a instituição recebeu, durante cerimônia no dia 30 de maio, em São Gonçalo do Rio Abaixo, o prêmio máximo oferecido pelo programa, no valor de R$ 25 mil. O recurso será usado na execução do projeto que propõe a despoluição parcial do córrego São Pedro, que corta a comunidade de mesmo nome.
O serviço será feito pela comunidade em parceria com a Prefeitura.
A edição 2022 do concurso foi dividida em três categorias: Assistência Social, Geração de Emprego e Renda, e Desenvolvimento Humano e Territorial.
A proposta é uma despoluição por etapas, começando com a despoluição parcial do curso d’água e no final a despoluição total do córrego. Para isso, será instalada uma fossa séptica de 10 mil litros e um filtro anaeróbio de 5 mil litros, com tubulações para atender até 13 residências. Diretamente, 13 famílias e um total de 65 pessoas serão beneficiadas.
Outras 300 pessoas que moram abaixo serão beneficiadas indiretamente, com a redução de 30% na carga de esgoto do córrego.
O presidente da associação do São Pedro, Carlos Ferreira, atribuiu a conquista do prêmio ao trabalho em equipe e, principalmente, ao engajamento da comunidade e ao apoio da mineradora. “A premiação se deve ao engajamento da comunidade na busca de melhorias na sua qualidade de vida e na sensibilidade da Vale”, afirmou o líder comunitário.
Ele explica que o São Pedro é uma comunidade quilombola, ainda em busca de certificação junto à Fundação Palmares. Possui cerca de 400 habitantes e é uma comunidade muito carente, mas possui dois tesouros: sua gente forte e valorosa e o córrego São Pedro, que busca despoluir.
“A despoluição vai trazer qualidade de vida e renda para a comunidade porque as pessoas poderão, com o córrego limpo, plantar, dar de beber aos animais, criar peixes, etc, às suas margens”, comemorou Carlos Ferreira.
- Matéria publicada na edição 787 do Folha Popular