FOTO: Ruas de João Monlevade com vagas de estacionamentos rotativos
O mês de outubro bateu recordes de infrações por falta de rotativo
Estacionar o veículo nas ruas centrais de João Monlevade tem custado caro aos motoristas, principalmente visitantes em compras.
Conforme o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Luiz Carlos Valente, o problema está na forma de cobrança do estacionamento rotativo, através de cartão de crédito em aplicativo da empresa que presta o serviço, a Rotativo Digital, vendas em alguns pontos ou por meio de revendedores credenciados que fazem o cadastro do veículo no sistema e liberam a vaga do estacionamento, que custa R$ 2 para carros e R$ 1 para motos, pela permanência de uma hora.
“Nos últimos meses, o número de multas por falta do rotativo tem aumentado e isso nos preocupa, pois grande parte delas é destacada para veículos com placas de outras cidades, ou seja, normalmente pessoas em compras pelo Centro da João Monlevade que não sabem como funciona o sistema ou não encontram um monitor”, diz Luiz Carlos.
A CDL entende que o rotativo é necessário, mas a forma de cobrança não pode se resumir ao meio digital, pois nem todos os motoristas têm um celular conectado à internet ou mesmo cartão de crédito. Já os pontos de vendas, são poucos e sem anúncios claros e por último, é difícil encontrar um revendedor pelas ruas para cadastrar o veículo e liberar a vaga. Enquanto isso, os monitores e agentes de trânsito não perdoam e fazem crescer o número de autuações, que custam R$ 195,23 mais 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Nos últimos meses, o número de multas por falta do rotativo aumentou muito”, diz Luiz Carlos
Para mudar essa história, a CDL entregou para dois vereadores, Djalma Bastos e Leles Pontes (presidente) e para a prefeita Simone Moreira, ofício com sugestões para a melhoria na forma de cobrança do rotativo, como a venda de guia física de estacionamento, prática comum em várias cidades. Outra sugestão é dar ao motorista 48h para pagar o uso das vagas de rotativo.
“Em Teófilo Otoni, Ipatinga, por exemplo, o motorista que estaciona o carro sem o rotativo, recebe uma notificação e tem 48h para cadastrar a placa do carro em site da Prefeitura, pagar o tempo de permanência e suspender a notificação, por que não fazem isso aqui? Os agentes não estão errados, o que deve ser feito é melhorar o acesso ao pagamento do rotativo”, complementa Luiz Carlos.
A renda gerada com as multas por falta de rotativo em João Monlevade, 100%, fica para a Prefeitura, que recebe também 19,2% da venda do rotativo. A empresa Rotativo Digital fica com os outros 80,80% da venda do rotativo. As demais infrações de trânsito são divididas entre Município, Estado e União.
A Prefeitura não informou números relacionados às notificações.