Barragem Peti em São Gonçalo obriga Cemig a cadastrar moradores para plano de emergência

A estação tem comprimento total de 89 metros e altura de 46 metros e possui área alagada com 36,3 milhões de metros cúbicos

07/09/2023 – São Gonçalo do Rio Abaixo poderá ganhar novos alertas ou mesmo novas placas de rota de fuga, semelhantes as instaladas pela Vale e Defesa Civil, apontando para onde correr caso acorra rompimento de barragens de rejeito de minério da Vale.

Os novos alertas devem surgir após o cadastramento de moradores que residem nas áreas que podem ser impactadas pela ruptura da barragem da Usina Hidrelétrica de Peti, de propriedade da Cemig, que, além do cadastro, deverá elaborar, implementar e operacionalizar um Plano de Ação de Emergência (PAE), estabelecido pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).

Cidade tem várias placas de rota de fuga devido a barragem de rejeito de minério

O plano terá abrangência principalmente na região de influência do rio Santa Bárbara, que divide a cidade ao meio e que, com intensas e fortes chuvas, tem provocado inundações e prejuízos para moradores e empresários da região central e alguns bairros, na maioria dos casos, devido a abertura das comportas da barragem de Peti para evitar o seu rompimento, que seria uma catástrofe.

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Conforme determina a lei, o cadastramento deve atender áreas afetadas que estejam há menos de 10km de distância da barramentos ou a 30 minutos de tempo para a chegada da onda de inundação.

O cadastramento é similar ao que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza durante o período do Censo demográfico, coletando informações dos imóveis, sejam eles residenciais ou comerciais, urbanos ou rurais, como forma de identificar os moradores e as características socioeconômicas da população.

A campanha de cadastramento socioeconômico será realizada até novembro deste ano pela empresa contratada pela Cemig, a HidroBR.