Cidade está cercada pelas chamas e prejuízos são enormes
02/09/2024 – Sem condições de combater a alta quantidade de focos de incêndio no entorno da cidade, o prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos (PSB) decretou, nesta segunda-feira (02), estado de emergência devido as queimadas. A situação no município está ficando insustentável, segundo o secretário municipal de Governo, Leonei Pires.
De acordo com o representante da Prefeitura, a cidade está praticamente ardendo em chamas. Incêndios de grandes proporções estão cercando a cidade. O cenário nos campos, segundo ele, é de morte. “Você passa e vê os animais queimados, carbonizados”.
A preocupação aumentou ainda mais, quando o fogo começou a atingir as estruturas urbanas e rurais. Isso fez a Prefeitura a decretar estado de emergência. Com a medida, o Município busca auxílio em várias frentes para conseguir ajudar os atingidos pelas chamas e tentar diminuir os impactos causados pelo incêndio, que já dura cerca de quatro dias.
“Nós, a Prefeitura, estamos fazendo o que podemos e até o impossível. Estamos mobilizando as maiores empresas, como Vale e Gerdau e outras para colocar brigadista. Temos a Defesa Civil Municipal, mas precisamos de mais ajuda”.
Leonei Pires explicou que Barão de Cocais não tem suporte suficiente para controlar os incêndios nas proporções que estão acontecendo. Ele disse que é quase impossível conter o fogo. “A situação é muito crítica, e precisamos de toda ajuda possível”, disse.
O decreto ainda não foi divulgado para a imprensa, mas o secretário afirmou que a decisão de decretar estado de emergência foi tomada ao considerar “a necessidade urgente de mobilização de recursos materiais, humanos e financeiros para ações de combate ao incêndio, atendimento emergencial à população afetada, e recuperação das áreas atingidas”.
Entre os prejuízos, o secretário municipal de Governo lista perda da fauna, de cabos elétricos e de internet e o mais preocupante, a saúde. “Já tem gente no escuro, sem telefone, sem internet e ninguém está conseguindo respirar direito”.
Durante a vigência do decreto de emergência, o Município fica permitido a adotar medidas emergenciais para conter a situação, entre elas:
- Dispensa de licitação para a contratação de serviços, aquisição de bens e materiais necessários às ações de resposta à emergência e recuperação das áreas afetadas;
- Mobilização de todos os órgãos municipais para atuar sob a coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social e demais entidades competentes, com o objetivo de executar ações de socorro, assistência e recuperação das áreas atingidas;
- Solicitação de apoio financeiro, material e técnico aos governos estadual e federal, bem como a instituições públicas e privadas, para o enfrentamento da situação emergencial;