Abade disse que vai ter que começar licitação da água do zero

“A Copasa, o problema [da água na cidade] é antigo. Já vai para 25 anos. Não tem um contrato”

  • BARÃO DE COCAIS

27/01/2025 – De volta ao governo depois de 12 anos, o prefeito de Barão de Cocais, Geraldo Abade das Dores (PSD), assumiu a Prefeitura com um desafio: regularizar o abastecimento de água da cidade, coisa que seu antecessor tentou durante todo o mandato e não conseguiu. A última licitação de abastecimento de água e esgotamento sanitário lançada, se arrastou por mais de dois anos e terminou suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). A decisão foi tomada em novembro de 2024, após denúncias de irregularidades apresentadas por empresas concorrentes.

Foi a quinta vez que o processo sofreu suspensão. Devido à finalização do mandato, a responsabilidade caiu nas mãos do novo prefeito. Com isso, o Município entra também numa corrida contra o tempo. O marco legal do saneamento básico estabelece para até 2033 o prazo máximo para que os municípios brasileiros viabilizem a universalização dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

Essa, entretanto, é uma prioridade do atual governo. Geraldo Abade disse que fará o que for necessário para garantir água de qualidade para a população. Ele reconhece a urgência de solucionar o problema.

“A Copasa, o problema [da água na cidade] é antigo. Já vai para 25 anos. Não tem um contrato. A gente está pretendendo realizar uma licitação. Fazer uma licitação transparente, objetiva, que a gente possa dar condição de ter uma água tratada, fluoretada e condição de ser servida para ao público. A gente está lutando para isso, para ter uma condição melhor de uma cidade mais eficiente”, pontuou.

A preocupação do prefeito é fazer um processo definitivo. Entretanto, precisará resolver o gargalo responsável pelo travamento do processo de licitação na administração passada.
Geraldo Abade explicou que vai fazer a licitação do início, sem aproveitar nada do que foi feito até o final do governo passado.

Outra reclamação relatada pelo prefeito recém-empossado é a dificuldade para administrar a cidade. Geraldo Abade reclamou que recebeu a Prefeitura com o ano fiscal ainda em aberto, o que tem comprometido até a manutenção de serviços essenciais, como coleta de lixo, saúde, além do pagamento de fornecedores.

“A gente ainda não conseguiu fechar o ano fiscal. O ano fiscal ainda é de 2024. Está entrando nota fiscal ainda na Prefeitura e isso ainda está preocupando a gente, porque a gente ainda, efetivamente, não está trabalhando com o orçamento de 2025”, disse, explicando que enquanto não organizar essa situação, não terá como fazer muita coisa.
“A gente está nos projetos e nas expectativas, tentando fazer uma manutenção na coleta de lixo, no hospital, porque saúde e lixo na rua não podem continuar do jeito que está”, concluiu.