Quantidade de lixo no aterro sanitário de Itabira aumenta 30% na pandemia

Além de infetar mais de quatro mil pessoas e matar outras 26 em oito meses, a pandemia da Covid-19 em Itabira provocou o aumento de lixo depositado no aterro sanitário entre março e novembro deste ano em 30%.

A informação é da Empresa de Desenvolvimento de Itabira, (Itaurb), responsável pela coleta dos resíduos orgânicos e recicláveis no município depositados no aterro, instalado na região do Borrachudo, às margens da estrada entre Itabira e o distrito de Ipoema e gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano, por meio de empresa terceirizada.
“O aumento do volume está perto de 30% devido aos resíduos recicláveis, que continuam sendo recolhidos de casa em casa, mas deixaram de ser separados pelo Centro de Triagem, no bairro Nova Vista, e estão sendo depositados no aterro”, justifica o diretor da Itaurb, Sérgio Amaral.

A paralisação do serviço no Centro de Triagem segue recomendação do Ministério Público (MP). O objetivo é evitar contaminações dos funcionários pelo coronavírus.
Por dia, Itabira gera em média 60 toneladas de resíduos. Deste total, 46 toneladas são de orgânicos e outras 14 recicláveis, que agora seguem direto para o aterro.

Em oito meses, a previsão era de levar para o aterro 11 mil toneladas de lixo orgânico. Com a paralisação do Centro de Triagem, este número saltou para 14.350.
Com o aumento, a situação do Aterro Sanitário de Itabira, com capacidade de receber 465 mil metros cúbicos até 2035, passa a ser observada com olhar apreensivo.
A reportagem do Folha Popular solicitou mais informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Matéria publicada na edição 723 do Folha Popular