Ações sugeridas buscam fortalecer o combate à violência contra as mulheres, tema debatido pelos estudantes em 2018
Sugestões recebidas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) durante o Parlamento Jovem de Minas de 2018 foram transformadas em emendas aos Projetos de Lei 5.405/18, do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e 5.406/18, da Lei Orçamentária Anual (LOA), válidos para 2019.
Três Propostas de Ação Legislativa (PLEs), todas relativas ao tema Violência contra a Mulher, debatido pelos estudantes neste ano, foram acatadas pela Comissão de Participação Popular e geraram uma emenda ao PPAG, três emendas à LOA e mais 13 requerimentos. O relator foi o presidente da comissão, deputado Doutor Jean Freire (PT).
O PJ Minas é um projeto de educação política direcionado a estudantes do ensino médio, realizado em parceria com as câmaras municipais. Por meio de diferentes atividades, os jovens são estimulados a entender a dinâmica do Parlamento e a importância da participação popular nesse espaço de poder.
Em 2018, a 15ª edição do projeto reuniu 81 municípios mineiros, distribuídos em 16 polos, e teve a participação de mais de dois mil estudantes. O documento final, aprovado na ALMG em setembro, trouxe 12 propostas em três subtemas.
No lar – A PLE 222/18 trata do 1º subtema, “Violência Doméstica e Familiar”, e trouxe duas propostas. A primeira, que visa implementar e expandir a Casa da Mulher Brasileira, gerou emenda ao Orçamento no valor R$ 200 mil para uso em Belo Horizonte.
A Casa da Mulher Brasileira, projeto do governo federal, é um espaço de acolhimento, assistência e apoio às vítimas de violência e seus filhos, caso também necessitem. A iniciativa busca, ainda, promover a autonomia econômica dessas mulheres.
A segunda proposta, de implantação do “Código Lilás” no protocolo de atendimento às mulheres agredidas, gerou requerimento. Com esse símbolo, a vítima relataria seu caso apenas uma vez e ele seria replicado pela rede de saúde e segurança, sem que ela precisasse repeti-lo e reviver o trauma.
O relator, Doutor Jean Freire, solicitou ao Executivo prioridade na regulamentação da Lei 22.256, de 2016. Ela institui a Política de Atendimento à Mulher Vítima de Violência e contempla as propostas da PLE 222/18.
A norma prevê, por exemplo, o estabelecimento de critérios para o preenchimento de registros e boletins policiais a fim de caracterizar a violência contra a mulher. E também garante a criação de casas para abrigo emergencial para as vítimas de violência.