Policial não é vilão, é herói. Esta é a mensagem que o projeto Investigador Mirim quer passar para crianças de escolas públicas de regiões onde o índice de violência está acima da média. A iniciativa tem o objetivo de estreitar os laços entre a Polícia Civil e a comunidade e promover a cidadania, o respeito e os valores morais e sociais dos alunos, por meio de atividades lúdicas e seminários.
Na terça-feira, 3, foram realizadas, no Distrito de Perpétuo Socorro e em Belo Oriente – Sede, as cerimônias de formatura dos alunos do programa, parceria entre o Instituto CENIBRA, a Polícia Civil e a Prefeitura de Belo Oriente. Pioneiro em Minas Gerais, o Investigador Mirim atendeu, em 2019, primeiro ano do projeto, cerca de 1.200 crianças do 2º ao 5º ano de quatro escolas municipais: José Lagares de Lima, Hilda Morais, Antônio Firmino e Bom Jesus do Bagre.
Realizado em quatro ciclos, o programa ofereceu aos alunos apresentações cênicas e palestras sobre diversos temas, como cuidados no trânsito, combate a drogas e elevação da autoestima. Nas cerimônias de formatura, as crianças receberam diploma e distintivo.
Idealizadora do projeto, a investigadora da Polícia Civil Elisângela Damasceno conta que, ainda nos tempos de Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol), percebeu a necessidade de criar formas de aproximar as crianças dos policiais. Segundo Elisangela, nas áreas em que os índices de violência são maiores, elas tendem a ter receio do trabalho policial. “Queremos cristalizar uma cultura diferente, em que as pessoas não tenham medo da Polícia”, explica.
A investigadora diz que os resultados do projeto são bastante positivos. De acordo com ela, os professores relatam que as crianças estão mais disciplinadas em sala de aula e os pais afirmam que houve melhoria do comportamento delas em casa.
Para os próximos anos, com o apoio do Instituto CENIBRA, o Investigador Mirim deverá ser implantado em cidades que precisam ampliar as políticas de segurança pública. Na prática, o resultado esperado do projeto é reduzir o número de menores que entram para a criminalidade.