Máquinas executam serviço de recuperação na estrada do Morro do Chapéu
- Secretaria Municipal de Obras avalia que há grande defasagem estrutural em Itabira, com redes de distribuição antiga e asfalto aquém da capacidade, problema que fica mais latente em períodos de chuva
Redes de distribuição antigas e uma estrutura asfáltica que não suporta a atual demanda do município são problemas que ficam ainda mais latentes em Itabira nos períodos prolongados de chuvas. O cenário exige uma atuação direcionada da Secretaria de Obra, Transporte e Trânsito (SMOTT) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) nos intervalos de estiagem, com operações tapa-buraco e manutenções emergenciais em diversos pontos da cidade.
As ações de manutenção são perenes durante o ano, mas são intensificadas após o período chuvoso. Somente nos meses de outubro e novembro, por exemplo, já foram executados serviços emergenciais em 12 bairros de Itabira, totalizando 36 ruas, com reparação em 108 buracos somente pela Secretaria de Obras.
Bairros como Alto Pereira, Amazonas, Clóvis Alvim, Cônego Guilhermino, Gabiroba, Hamilton, Jardim das Oliveiras, João XXIII, Praia, Quatorze de Fevereiro, Santa Marta, Santa Ruth, São Pedro e Centro já receberam as manutenções neste período que intercala períodos chuvosos e de estiagem.
O trabalho de recuperação prossegue com intensidade em dezembro e segue uma escala de prioridade desenhada pela SMOTT. O cronograma leva em consideração os pontos mais críticos e as vias com trânsito mais intenso. Na área urbana, o serviço de manutenção vai contemplar ruas em bairros como Vila Santa Rosa, Esplanada da Estação, Moinho Velho, Vila Amélia, Pará, Centro, Cônego Guilhermino, Novo Amazonas, Amazonas, Santa Ruth, Fênix e Abóboras.
O secretário municipal de Obras, José Maciel Paiva, analisa que a infraestrutura de Itabira demanda uma intervenção mais robusta, que depende, no entanto, de mais recursos. Com isso, as ações emergenciais acabam se repetindo com maior frequência.
“As intervenções feitas, sobretudo as do Saae, acontecem muitas vezes, porque as redes antigas não aguentam a pressão e acabam estourando. É uma intervenção emergencial. Os pavimentos asfálticos também são antigos e não suportam o grande volume de água nessa época de chuva e o trânsito pesado. Seria necessário uma remodelagem das pavimentações urbanas, teríamos que praticamente fazer um recapeamento, mas os recursos no momento não são suficientes, então as ações são feitas gradativamente, de acordo com a disponibilidade orçamentária”, explica o secretário José Maciel Paiva.
O secretário destaca ainda que as chuvas acabam prejudicando as intervenções, pois não é possível executar pavimentação com chuva, é necessário pelo menos três dias de estiagem. “É uma situação indesejável, mas é a realidade em que o município se encontra”.
Substituição de redes
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) já tem catalogado os pontos de rede que precisam ser substituídos com mais urgência. Esse tipo de serviço tem acontecido durante todo o ano em Itabira e, atualmente, está concentrado na rua Waldemar de Alvarenga Lage, no bairro Água Fresca, onde toda tubulação antiga está sendo substituída por uma nova, com capacidade para suportar a atual demanda do município.
Paralelamente, a autarquia atua com os serviços emergenciais, atacando os buracos provocados pelo período chuvoso. O Saae destaca, porém, que é necessário um período de até três dias de estiagem para que o asfalto seja fixado nas vias, o que explica a necessidade de um período maior sem chuva para a execução dos trabalhos. Uma alternativa encontrada para minimizar a situação foi a adaptação de blocos de concreto nos buracos quando não houver a possibilidade imediata de asfaltamento.
Nos últimos dias, a empresa contratada pelo Saae tem aproveitado o período sem chuva para tapar os buracos causados pelas precipitações ou em vias onde foram necessárias intervenções das equipes da autarquia devido ao entupimento das redes.
Estradas rurais
As ações da Secretaria Municipal de Obras não se resumem aos problemas estruturais nas vias urbanas. Também há equipes empenhadas em estradas rurais, com atividades de encascalhamento, compactação e patrolamento. Ainda acontecem revisões periódicas, de acordo com as condições climáticas. Em épocas de chuva, como neste fim de ano, as atividades de manutenção são intensificadas.
Já receberam serviços de reparação as localidades de Morro do Chapéu, Candidópolis, Furtado, Sapucaia, Córrego do Meio, Bateias, Cabral, Duas Pontes, Ipoema e Serra dos Alves. Foram priorizados os pontos críticos para melhorar o acesso e a circulação.
Também está na programação para receber manutenção nos próximos dias trechos das regiões de Ribeirão de Baixo, Ribeirão de Cima, Engenho, Gaspar e Gatos.