Não era comum faltar água na comunidade até a Prefeitura de Itabira inaugurar sistema de captação e fornecimento com cobrança de tarifa
26/08/2024 – Moradores da Serra dos Alves, zona rural de Itabira, estão usando as redes sociais para denunciar a falta de água na localidade. Também por meio das redes e de plataformas digitais, os vereadores, especialmente os da oposição, foram convocados a entrarem na discussão. A mobilização foi levada para o plenário na sessão de terça-feira (20), onde a falta de água crônica no município, mais uma vez, se tornou o tema central dos debates.
“Hoje pela manhã, eu recebi várias solicitações de pedido, de socorro mesmo, da comunidade da Serra dos Alves. O vereador Tãozinho Leite (Sebastião Ferreira Leite – Republicanos) fez uma visita recente lá. E Serra dos Alves que é tão explorada pelo governo como cartão postal, e realmente lá é muito lindo, é um ponto um dos pontos turísticos mais importantes da nossa cidade, sem desmerecer os demais, mas a população está passando problema com falta de água num lugar em que existe água em abundância”, apontou o vereador Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” (MDB), iniciando as discussões.
Segundo ele, apesar da escassez de água ser um problema crônico de Itabira, na Serra dos Alves nunca tinha ocorrido e só começou a ser um problema após o governo instalar um novo sistema de captação e distribuição de água.
Com o novo sistema, que inclui a instalação de hidrômetros nos imóveis, a população também passou a pagar pelo abastecimento, porém, deixou de receber a água. Rodrigo Diguerê disse que os moradores estão ficando até cinco dias consecutivos sem o abastecimento.
Nas postagens na internet em que todos os vereadores foram marcados, os moradores também atribuem o desabastecimento à intervenção feita pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para implantação do novo sistema de captação e distribuição de água na localidade. “Desde julho, quando foi “inaugurado” o novo sistema de captação e abastecimento pelo SAAE (que ainda não funcionou) o problema se alastra”, diz o texto que já viralizou nas redes sociais.
O serviço para monetizar o fornecimento de água na comunidade custou aos cofres públicos, segundo divulgado na ocasião, R$ 700 mil e foi inaugurado no dia 29 de julho.
- Matéria publicada na edição 814 do Folha Popular