Antes, mulheres em situação de violência doméstica eram atendidas nos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas). Com a implantação do Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher (Cream), elas contam com espaço exclusivo de acolhimento.
O prefeito Ronaldo Magalhães (foto), acompanhado da vice-prefeita Dalma Barcelos, da secretária municipal de Assistência Social, Maria Marli de Oliveira Martins Rosa e da juíza da 2ª Vara Criminal de Itabira, Cibele Mourão Barroso de Figueiredo Oliveira, visitou nesta quinta-feira (16), o Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher (Cream).
Localizado no prédio anexo do paço municipal – avenida Carlos de Paula Andrade, 135 A – o Cream tem como objetivo acompanhar, exclusivamente, mulheres em situação de violência doméstica. Esta demanda, antes recebida pelas equipes dos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), foi desvinculada do serviço que, agora, trabalha com o público infantojuvenil, idoso e com o direcionamento de medidas socioeducativas.
Para Marli de Oliveira, a implantação do centro, que funciona sem interrupção desde abril, “é um marco para a cidade”. “É muito importante para a mulher vítima de violência e para a equipe que trabalha com elas, esse espaço de referência. Sabemos que ainda temos muitas conquistas pela frente: precisamos estreitar a nossa rede e o nosso trabalho com a delegacia da mulher, assim como avançar nas políticas”, explicou a secretária.
De acordo com Cibele Mourão, Itabira tem uma estrutura de atendimento às mulheres privilegiada, “principalmente” se comparada à maioria dos municípios mineiros. “O Tribunal de Justiça analisa a situação da violência doméstica em todas as comarcas de Minas Gerais e Itabira tem o privilégio de abrigar várias estruturas adequadas e que não encontramos nada parecido em nenhuma outra cidade”, analisou. A juíza pontuou ainda a atuação das instituições no combate à violência contra as mulheres. “Temos tantas instituições diferentes e com missões diferentes reunidas na mesma condição e sem nenhuma afronta à autonomia de cada um. Pelo contrário, é um entrosamento muito bom e que tem sido valorizado no sistema”, declarou Cibele Mourão.
O Cream, segundo Ronaldo Magalhães, foi implantado para oferecer mais agilidade à rede de atendimento às mulheres. “Esse centro nos dá condição de realmente criar uma referência maior de apoio à mulher. Além disso, conseguimos integrar esta rede de apoio com a parceria das polícias civil e militar, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. O Cream faz parte de um conjunto de ações que tem possibilitado resultado positivo no enfrentamento à violência doméstica”, concluiu o prefeito.