UM CARNAVAL DE CARGOS

Estudo do Observatório Social mostra que a distribuição de empregos para amigos e aliados virou prática comum na Prefeitura de Itabira

  • CABIDE DE EMPREGOS?

Na cidade de São Gonçalo, a prática é ainda mais acentuada

O governo do esquerdista Marco Antônio Lage (PSB) é destaque também na distribuição de cargos para pessoas sem vínculo com a Prefeitura de Itabira, os chamados cargos comissionados, aos quais cabe nomeação direta do prefeito sem critérios meritocráticos, apenas a confiança e o comprometimento pessoal com o administrador superior. Em outras palavras, a prática é batizada de cabide de empregos.

Os números em relação à prática estão no relatório apresentado na associação do bairro Bela Vista, no dia 31 de janeiro deste ano pelo Observatório Social do Brasil – Itabira (OSBI).

No relatório, referente à prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2023, a entidade faz um comparativo da Prefeitura de Itabira, que tem 299 comissionados, com prefeituras de outros centros urbanos, tendo como métrica o número de contratados por um grupo de 100 mil habitantes.

Em um box, foi apresentado o município de Londrina, no Parará, que tem 555.963 habitantes e 52 comissionados, média de 9,4 para cada 100 mil londrinenses.

Outro exemplo é Ipatinga, com seus 227.731 habitantes e 325 cargos comissionados. Na média de 100 mil habitantes, seria o mesmo que 123 comissionados na Prefeitura.
Um terceiro exemplo é Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com seus 219.132 habitantes. O governo local indicou para cargos diversos, sem exames de ingresso ou avaliações, 325 aliados, média de 148,3 por 100 mil habitantes.

Para alívio de Itabira, João Monlevade, governada pelo também esquerdista Laércio José Ribeiro (PT), supera as contratações promovidas pelo prefeito Marco Antônio. Com 80.187 habitantes, são 270 comissionados, média de 336,7 a cada 100 mil habitantes.
O comparativo apresentado pelo Observatório Social traz ainda as cidades de Curitiba e Maringá, ambas no Paraná, mantendo a média de comissionados para cada 100 mil habitantes.

Em São Gonçalo, a prática é ainda mais pungente; média seria de 1.966 comissionados para cada 100 mil habitantes

Prédio da Prefeitura de São Gonçalo; município tem uma das maiores receitas per capita do país

Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, aba “Quadro de Pessoal”, o governo esquerdista Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT), emprega apenas nos cargos de comissão 233 aliados e outros 383 por meio de contrato.

No total, são 616 pessoas sem vínculo efetivo com a cidade. A título de comparação, pinçando apenas os comissionados, o governo Nozinho é o campeão disparado em relação a outras cidades. Com seus 11.850 habitantes e 233 comissionados, seria o mesmo que 1.966 servidores comissionados em média para cada grupo de 100 mil habitantes.

No geral, a Prefeitura de São Gonçalo, conforme o Portal da Transparência, até 31 de dezembro de 2023, mantinha 848 efetivos, 383 contratados, 233 cargos comissionados, 17 estagiários, cinco conselheiros tutelares e dois cargos políticos; prefeito e vice, total de 1.488 servidores, diretos e indiretos.

  • Observatório Social

O Observatório Social do Brasil – Itabira (OSBI) completou na segunda-feira (5) seis anos de atuação na cidade. Sua instalação no município é fruto do desejo de um grupo de pessoas preocupadas em contribuir para que a cidade seja boa para todos.

Nestes seis anos, mais de 13 mil pessoas participaram das ações de educação para a cidadania, com o monitoramento e efetiva contribuição para a eficiência nas compras públicas por meio da análise das licitações, além da capacitação e apoio aos conselhos municipais.
O trabalho é voluntário e pela terceira vez, OSBI obteve a maior pontuação em eficiência dentre os 130 Observatórios do sistema OSB.
Para saber mais, acesse o “https://itabira.osbrasil.org.br”.