“É um grande desafio flexibilizar o isolamento social no estágio em que a transmissão do vírus se encontra. A maior preocupação é que uma grave crise de saúde se instale no Estado. Por outro lado, muitos municípios, além de nenhum ou poucos casos da Covid-19, também tem uma rede de saúde estruturada. Nesses locais, e com o rigor necessário, uma flexibilização pode ser viável”, afirma Tito Torres.
Em Minas, as medidas governamentais e o isolamento social de parte da população conseguiram desacelerar o avanço da doença, o que motivou diversas cidades a permitirem a volta de atividades antes suspensas. O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, que participou da reunião, explica que a partir de então surgiu a necessidade de um acompanhamento rigoroso, para que os benefícios iniciais das medidas de contenção não sejam perdidos. O governo elaborou o programa “Minas Consciente“, que trata da reabertura gradual de estabelecimentos comerciais em Minas Gerais.
O secretário relatou que Minas tem conseguido achatar a curva de atendimentos e, com isso, preparar a rede hospitalar para o atendimento da população. Ele deixou claro, contudo, que não dá para saber exatamente quando ocorrerá o pico de contágio. Carlos Eduardo Amaral admitiu ainda que segurança absoluta não existe, mas garantiu que o plano não é precoce porque o objetivo não é flexibilizar tudo, mas coordenar e padronizar as ações.
A busca do equilíbrio entre a atividade econômica e a manutenção do sistema de saúde são os pontos que o deputado Tito Torres destaca. “Como afirmou o secretário, não há total segurança no plano apresentado pelo governo. O aumento expressivo no número de infectados poderá causar um colapso do sistema de saúde de Minas, assim como está acontecendo em outros estados. Os gestores das cidades que estão aptas a reabrir o comércio devem se orientar pelo plano. Entendo que a reabertura é crucial para a saúde financeira dos municípios”, diz o deputado que também lembra do papel da população. “É muito importante que os cidadãos tenham consciência e que sejam rigorosos com os cuidados para evitar a contaminação. Continuo defendendo que as pessoas que puderem devem ficar em casa”, reforça o parlamentar.