Supostos desvios na Secretaria de Educação motivam reunião

Audiência pública discutirá pregão eletrônico para aquisição de material fotográfico e contratações para capacitação.
Com o objetivo de obter esclarecimentos sobre supostas irregularidades envolvendo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública, nesta terça-feira (17/7/18).
A reunião vai enfocar o pregão eletrônico realizado para aquisição de câmeras fotográficas digitais e a contratação do Instituto Inhotim para desenvolver ações de capacitação dos servidores da SEE. Em outra perspectiva, a audiência discutirá também os constantes atrasos nos repasses de recursos para a educação bem como o parcelamento de salários dos servidores.

Solicitado pela presidente da comissão, deputada Ione Pinheiro (DEM), e pelo deputado Sargento Rodrigues (PTB), o debate está marcado para as 14h30, no Plenarinho IV. Entre os convidados do evento estão o secretário adjunto de Estado de Educação, Wieland Silberschneider, que deverá prestar esclarecimentos sobre o Edital do Pregão Eletrônico 34/2017.

Superfaturamento – Ione Pinheiro se baseou em questionamento formulado, em março deste ano, pelo deputado Fabiano Tolentino (PPS), na Comissão de Desenvolvimento Econômico da ALMG. Na ocasião, o parlamentar também apresentou requerimento de audiência naquela comissão.

Fabiano Tolentino alegou que o Executivo adquiriu equipamento fotográfico para todas as escolas estaduais, na forma de pregão eletrônico, num total de R$ 30 milhões. Porém, segundo ele, cada máquina comprada por R$ 4 mil tem valor de mercado de aproximadamente R$ 1.800. “Precisamos que o governo venha nos explicar isso”, afirmou à época.

Atrasos – Em relação aos atrasos do governo nos repasses a diversas áreas e no pagamento dos salários, o deputado Sargento Rodrigues tem feito críticas frequentes na ALMG, tanto no Plenário quanto em reuniões de comissão. Numa de suas últimas intervenções na tribuna do Plenário, questionou: “Enquanto parcela salários há dois anos e meio e deixa os servidores sem reposição por quatro anos, o Estado gasta R$ 85 milhões em publicidade”.