Sem empréstimo, prefeito determina enxugar gastos para atender bairros e comunidades abandonadas

Segundo Marco Antônio, iniciativa visa privilegiar disponibilidade de recursos para obras de infraestrutura na cidade

O prefeito Marco Antônio Lage determinou ao secretário de Fazenda, Gilberto Ramos, e à de Planejamento, Patrícia Guerra, um estudo para redução de custos na Prefeitura de Itabira. Segundo o chefe do Executivo, a iniciativa busca aumentar a disponibilidade de recursos para obras de infraestrutura nos bairros da cidade.

Na próxima segunda-feira (21), o prefeito terá uma reunião com os dois secretários responsáveis pelas finanças da gestão municipal. De acordo com Marco Antônio, este encontro orientará os cortes que serão feitos a partir dos próximos dias. A projeção é de que a diminuição ocorra, principalmente, com revisão de contratos, empresas terceirizadas, pessoal e alugueis de veículos e imóveis. Sobre essas locações, o prefeito também já solicitou à Secretaria Municipal de Administração um levantamento sobre todos os imóveis hoje locados pela Prefeitura.

Obrigado por ler O Folha Popular!

“Chegamos a seis meses de governo e muitas coisas estão claras para nossa gestão. Uma delas é de que a máquina pública, muitas vezes, acaba sendo um empecilho para que os recursos cheguem aos bairros, àquelas pessoas que mais precisam do investimento. É o cenário que se arrasta em Itabira nos últimos anos e que fez chegar a essa situação de termos bairros completamente desestruturados. Temos que inverter essa lógica”, defende o prefeito.

Marco Antônio destaca que o enxugamento da máquina pública foi uma de suas propostas apresentadas durante a campanha. Neste início de gestão, grande parte dos cargos em comissão está sendo ocupada por servidores concursados. Mesmo assim, o chefe do Executivo vê a necessidade de aprofundar em um enxugamento mais profundo nessa área de pessoal, mesmo antes de finalizar a reforma administrativa ainda a ser encaminhada à Câmara de Vereadores.

Recentemente, a Prefeitura de Itabira divulgou que, somente em cinco meses, mais de 1,3 mil requisições de intervenções em regiões diversas das áreas urbana e rural chegaram à Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Trânsito (SMOTT). O volume escancara a necessidade de atuação urgente nas áreas mais críticas. O orçamento atual da SMOTT, no entanto, é insuficiente para o tamanho da demanda.

“Precisamos, então, de pensar novas medidas. Estamos trabalhando com um orçamento aprovado no ano passado, que não direciona recursos para as necessidades de infraestrutura da cidade. Também por isso fizemos a proposta do financiamento junto à Caixa Econômica Federal, mas que a maioria dos vereadores optou por votar contra. Entendo e respeito a posição democrática de todos, mas não abrirei mão de entregar aos bairros uma melhor condição estrutural e aos moradores uma melhor condição de vida”, prossegue o prefeito.

Ainda segundo Marco Antônio, as medidas prioritárias serão anunciadas nos próximos dias à população.