Autorização para o aumento de 25% foi aprovado nesta terça-feira (17)
18/12/2024 – O prefeito e vice-prefeito de Itabira receberão a partir de 2025 os salários com 25% de aumento. Com o índice, o subsídio de Marco Antônio Lage (PSB), por exemplo, passa dos atuais R$ 26 mil para R$ 33.2 mil.
Os aumentos foram aprovados pela maioria dos vereadores em votação única na reunião desta terça-feira (17). A justificativa pelo aumento concedido pela Câmara Municipal é de que a elevação do teto salarial dos ocupantes das cadeiras principais do Executivo, era necessária para fazer justiça aos médicos que atuam na rede pública municipal de saúde.
A revisão salarial do prefeito e seu vice produzirá benefício aos servidores com os maiores salários do município. Isso ocorre porque, em tese, a remuneração do chefe do Executivo é a referência para o teto salarial do funcionalismo.
Ou seja, só com esse aumento, que os médicos efetivos com salários superiores a R$ 26 mil quando somadas horas extras comuns em situações pandêmicas, ou outros benefícios previstos para os servidores na projeção profissional.
O projeto foi incluído de última hora na pauta de votação do dia. Segundo o presidente Heraldo Noronha Rodrigues (Republicanos), a proposta em votação vai ao encontro das demandas da categoria médica que pleiteia a correção do teto, há mais de ano e foi atendida como forma de se fazer justiça à categoria.
Apenas o vereador, Weverton Leandro Santos Andrade (Republicanos), votou contra a proposta.
Ele defendeu que as discussões de aumento para servidores sejam desvinculadas do teto salarial pago ao prefeito, mesmo sendo essa hoje uma exigência de lei
O discurso dele ganhou força no posicionamento de Neidson Dias Freitas (MDB), apesar de ter votado favoravelmente, afirmou que existem outros mecanismos para garantir salários melhores aos servidores da Saúde. Para ele, a questão dos médicos não passa de um subterfúgio para liberar um salário vultoso à Marco Lage.
A vereadora Rosilene Félix Guimarães (PSD), que também é advogada, reiterou as palavras de Neidson Freitas, mas também votou a favor do aumento para não prejudicar a classe médica.
Vereadores favoráveis ressaltaram, em seus discursos, entre eles Bernardo Rosa (PSB), Carlos Henrique de Oliveira (PDT, Júber Madeira (PSB) que o voto favorável era para beneficiar os servidores.
Bernardo Rosa explicou que o projeto de lei não aumenta os salários dos médicos servidores. Faz sim uma correção, porque ao receber pelos seus trabalhos valores acima do teto do prefeito, os médicos, mesmo tendo cumprido uma carga extra de trabalho, são obrigados a devolver para a Prefeitura o valor que exceder o salário do prefeito.
O projeto foi retirado para vistas por 15 minutos, para que os vereadores pudessem pelo menos ter acesso ao documento antes de votar. O governista Bernardo Rosa fez questão de lembrar aos colegas que se o projeto não fosse deliberado na reunião desta terça-feira (17), os médicos ficariam prejudicados por mais quatro anos, já que as revisões salariais do chefe do Executivo só podem ocorrer numa legislatura anterior.