Rose Félix vai presidir CPI da Água na Câmara de Itabira

“A sujeira constante faz com que o consumidor tenha vários gastos extras que nunca foram ressarcidos pelo poder público”, aponta a vereadora

O presidente Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) definiu e nomeou todos os vereadores que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para apurar as condições de qualidade e os métodos de captação, distribuição e fornecimento de água potável pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto no Município de Itabira. A vereadora Rosilene Félix Guimarães (MDB), autora da proposta que deu origem à comissão, foi escolhida para conduzir os trabalhos. A portaria com a nomeação dos integrantes foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do Município do dia 1º de dezembro.

A CPI foi criada na reunião ordinária de terça-feira (21) e foi composta por três dos 17 parlamentares da Casa, além dos suplentes. O vereador Roberto Fernandes Carlos de Araújo (MDB) foi nomeado relator e Sidney Marques Vitalino Guimarães “do Salão” (PTB), vogal.

Embora a questão da água seja um problema crônico em Itabira, a CPI foi proposta após a contaminação da estação da Pureza. A estação é responsável por mais de 60% do abastecimento da cidade. O incidente deixou mais da metade da população sem água em casa por três dias.

A vereadora Rose Félix escreveu na justificativa do requerimento da CPI que há mais de uma década Itabira vivencia várias situações que não podem ser consideradas normais numa cidade com o potencial de Itabira e que os constantes problemas envolvendo a qualidade da água, que além da escassez e falta do recurso natural, gera custos não ressarcidos pelo poder público. “A sujeira constante faz com que o consumidor tenha vários gastos extras com limpeza de caixa d’água, aquisição de filtros, aquisição de água mineral, perda de peças de roupas, descarte de centenas de litros de água existentes nos reservatórios, além dos prejuízos à saúde, também muito frequentes na cidade, como intoxicação, alergias, viroses e outros. São custos extras que nunca foram ressarcidos pelo poder público e não existe sequer uma política de dedução dos dispêndios nas contas de água, que são cobradas normalmente”, escreveu ela.

A CPI deve apurar também o andamento do projeto de implantação do sistema de captação da água do rio Tanque para o abastecimento público. Também deverá buscar a causa para o desabastecimento e identificar possíveis responsáveis.

A data de início da CPI ainda não foi divulgada. O prazo da CPI para conclusão dos trabalhos deverá ser de 90 dias, prorrogáveis por igual prazo.