Retrospecto mostra recuperação da avaliação do governo Ronaldo

Análises em oito pesquisas de avaliação do governo Ronaldo Lage Magalhães (PTB), realizadas pelo Centro de Pesquisas DataMG entre abril de 2017 a agosto deste ano, ilustram os resultados das medidas e das ações adotadas até agora

Uma análise no quadro de avaliação do governo Ronaldo Lage Magalhães (PTB), de abril de 2017 a agosto de 2019, mostra recuperação em avaliações positiva e regular, tendo como base pesquisa realizada no último mês.

O levantamento, feito pelo Centro de Pesquisas DataMG, aponta que 35% dos eleitores itabiranos consideram o governo como regular. A menor nota regular, 27%, foi aferida em julho de 2017.

A pesquisa aponta ainda que 2% do eleitorado consideram a gestão ótima e 16% boa. Somadas estas duas notas, a pontuação positiva de Ronaldo Magalhães fica na casa dos 18%. Nos meses de julho e dezembro de 2017 e julho de 2018, esta avaliação empacou em 11%.
Na avaliação negativa, para 17% dos entrevistados a gestão está ruim e para 24%, péssima. Somadas as notas, 41% reprovam as ações. A pior nota foi registrada em dezembro de 2017, 56% negativa.

O levantamento foi feito em agosto de 2019 e ouviu 340 pessoas com idade acima dos 16 anos em vários bairros da cidade. No fechamento da amostragem, 6% não souberam ou não quiseram expressar opinião. A margem de erro é de 5,2% e intervalo de confiança de 95%.

EVOLUÇÃO
Em relação à evolução da gestão nestes 32 meses de governo (janeiro de 2017 a agosto de 2019), as linhas se cruzam em momentos de altos e baixos.
Em abril de 2017, quatro meses de gestão, o governo tinha 20% de aprovação positiva, 40% regular e 36% negativa. Nesse período, a administração iniciava os passos apontando para medidas impopulares em razão da dívida herdada da gestão anterior, cerca de R$ 146 milhões, confisco de recursos promovido pelo Governo de Minas, que chegou a R$ 60 milhões, além de redução de 122 cargos na Prefeitura e projeto de reajuste de salários de secretários e da vice.

Três meses depois, em julho, um novo levantamento apontou uma queda mais acentuada na avaliação, com 11% positiva, 27% regular, 55% negativa. Nesse período, o governo continuava na pista de decolagem, apresentando rombo nas contas publicas, gastando cerca de R$ 8 milhões por mês acima do que arrecada. No período, a ordem foi de gastar apenas o que fosse extremamente necessário. Com isso, o governo conseguiu manter o pagamento de salários de todos os servidores.

Seguem os meses e uma nova avaliação é feita pelo DataMG, desta vez em dezembro de 2017. Os números seguem em baixa, ou seja, 11% positivo, 28% regular e 56% negativa, mesmo com anúncios de empréstimo para obras na Machado de Assis e a construção de 400 novos apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida. Nota-se que a palavra austeridade para organizar a casa, adotada por Ronaldo Magalhães, continua a assombrar os eleitores.

Em abril de 2018 um novo levantamento é feito e a avaliação positiva sobe para 14%, a regular segue em 29% e a negativa tem ligeira queda, para 52%. Anúncios de obras e algumas ações disputam a confiança do eleitor com possíveis demissões na Itaurb.

Em julho do mesmo ano, nova queda na avaliação positiva, indo a 11%, a regular 33% e a negativa permanecendo em 52%. Nesse mês, o governo foi para a imprensa tentar minimizar o pessimismo gerado com a informação de que o minério de ferro em Itabira chega ao fim em 2028. A frase usada foi de que “a Vale não sairá de Itabira”. O governo também promete montar um grupo de discussão e começar a estruturar projetos e alternativas.

Em setembro de 2018 os pesquisadores colheram novos dados do eleitorado. Nesse mês, a avaliação positiva subiu para 13%, a regular ficou em 32% e a negativa 51%.
E o governo segue tentando engrenar uma marcha em meio a protestos, ações tímidas e ataques promovidos pela oposição na Câmara.

Seis meses depois, março de 2019, e após virar o ano com novidades como as obras dos novos prédios da Unifei, aprovação da parceria público-privada para captação de água do rio Tanque para resolver o problema de abastecimento na cidade por 30 anos, anúncio do anel hidráulico para melhor fornecimento de água, parcerias com o Hospital Nossa Senhora das Dores e melhorias no Carlos Chagas, que ampliaram o número de atendimentos, normalização dos repasses antes retidos pelo Governo de Minas, o retorno de eventos, obras de pavimentação no bairro Pedreira, fazem a avaliação positiva subir para 18%, a regular para 38% e a negativa cair para 40%.

Empolgado, o governo continuou com as ações, como correção salarial dos servidores após quatro anos sem o benefício, conquista de prêmio por ações na saúde, publicidades das ações do governo, principalmente da extensão da Machado de Assis, obras nos distritos, início das obras do anel hidráulico, realização de eventos importantes e por último, Ronaldo Magalhães traz chineses a Itabira para assinar acordo de cooperação para empréstimo de U$ 100 milhões para conclusão do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), construção do Parque Científico e Tecnológico e de um aeroporto de cargas.

Mesmo com estas ações, o eleitor itabirano segue desconfiado e a avaliação positiva segue estacionada em 18%, regular 35% e negativoa 41%.
Até o encerramento de 2019, daqui a quatro meses, o governo Ronaldo Magalhães espera subir sua avaliação positiva apresentando novas ações, como término da avenida Machado de Assis, obras da avenida do Espigão, entrega dos 400 apartamentos e possível anúncio da construção de mais 750 unidades do Minha Casa Minha Vida, conclusão da parceria com o país asiático e novos anúncios em relação à Unifei, parque tecnológico e aeroporto de cargas e para fechar, diversas obras de pavimentação, graças a um empréstimo de R$ 45 milhões, que já está na conta da Prefeitura.

Matéria publicada na edição 693 do FOLHA POPULAR