Foto: Ponte principal foi descaracterizada e revolta os moradores
A esperada reforma da ponte sobre o rio Preto, na área urbana de Itambé do Mato Dentro, acaba de ser concluída pela Prefeitura. Contudo, o que era para ser um simples serviço de reparo do guarda-corpo acabou despertando uma avalanche de críticas entre os moradores. “Absurdo o que eles fizeram, trocaram a proteção lateral de alvenaria por estrutura metálica de péssimo gosto, e pior, descaracterizam a principal e histórica ponte de nossa cidade”. “Qual engenheiro assinou este projeto? Meu Deus, difícil de entender”. “Dá medo passar pela ponte a pé. Não transmite segurança”. “A ponte está em uma área de eventos. Se meia dúzia de pessoas encostarem ali, tá feita a tragédia”. “Além de péssimo, o serviço tem preço salgado”. Outras críticas também foram registradas, como o congelamento dos salários dos professores, o abandono das praças e gestão ineficiente. Todas registradas em pouco menos de meia hora pela região central do Município, que abriga 2.056 habitantes conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e curiosamente tem 2.390 eleitores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o mês de setembro.
Vereador Thiago de Jesus cobra explicações
As críticas inflamadas dos moradores acabaram chegando à Câmara Municipal. Conforme o vereador Thiago Oliveira de Jesus, ele enviou no dia 18 de setembro um ofício ao Governo Municipal solicitando informações em relação à licitação para a reforma da ponte e laudos em relação à segurança e mudança da estrutura. “Tenho dúvida se a ponte é tombada [pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA)] ou inventariada. Sabemos que é a primeira de mão dupla a ser iniciada em Minas Gerais, na década de 1960, por isso, acredito que a reforma deve manter a estrutura original, que, além disso, segue a estética do patrimônio. Mas ainda não recebemos as informações”, lamenta Thiago de Jesus.
Reforma de casa para instalação da creche escolar por R$ 152.330
Na reunião do dia 28 de setembro, o vereador voltou a cobrar da Prefeitura as informações e enviou outros dois ofícios, um em relação à reforma de casa para instalação da creche escolar por R$ 152.330 e outro sobre a iluminação do Campo Municipal José Aurélio Gomes, por R$ 97 mil, valores considerados pelo vereador como exorbitantes e que devem ser apurados pela Câmara. “É nossa função fiscalizar a Prefeitura e apurar a aplicação dos recursos dos itambeenses. Por este motivo a presidência solicitou que seja indicada comissão para apurar estes investimentos. Se estiver errado, vamos solicitar devidas correções podendo, se demonstrar desvio de dinheiro público, forçar a criação de uma Comissão Processante”, complementa Thiago de Jesus.